A categoria de servidores do judiciário em Venâncio Aires promove ato em frente ao Foro em apoio aos trabalhadores e contra projetos dos governos Michel Temer e José Ivo Sartori. O grupo de profissionais se reuniu no início da tarde desta sexta-feira, 28, defronte ao prédio do judiciário com banners e cartazes de protesto.
A ação, que seguirá com apoio a mobilização na Praça da Matriz, teve a presença dos cerca de 30 servidores acompanhados da juíza Lisia Dornelles Dal Osto, também diretora do Foro, da juíza Maria Beatriz Londero Madeira e do juiz João Francisco Goulart de Borges. Em todo estado o posicionamento da categoria tem apoio das associações dos Juízes do RS, dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região e da associação do Ministério Público do RS.
Segundo a juíza Lisia, essa é uma insatisfação não somente como servidor público, mas como cidadãos.
“Todos sabemos que o país precisa de uma reforma previdenciária, de uma reforma trabalhista, tributária e política, mas o que pensamos que deveria estar acontecendo não é o que estamos vendo retratado nas propostas que atingem diretamente o direito dos trabalhadores”.
A diretora do Foro complementa reforçando que o debate precisaria ser mais amplo com a população. “Mais uma vez o servidor público da ativa está sendo diretamente atingido. Essas reformas são urgentes e necessárias, mas deveriam ocorrer com debate e estudos reais e concretos e não a toque de caixa por representantes do povo, mas que todos sabemos a situação constrangedora que muitos se encontram”.
A juíza Maria Beatriz ainda destaca os políticos deveriam atender aos anseios do povo, o que não ocorre. “Então eu acredito que essa união de todos os segmentos da sociedade é importante para mostrar o quão insatisfeito se está com a condução das coisas e que todos esses projetos estão a exigir um estudo mais aprofundado e debate maior com a população”.
Entre as preocupações diretas também estão a possibilidade de demissão de servidores concursados e a terceirização na atividade fim para funções judiciais, que hoje somente é permitido nos setores de limpeza e copa.
Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal