Indústrias do tabaco registram crescimento de 19,14% nos postos de trabalho

Olá Jornal
março16/ 2022

O maior estoque de trabalhadores de Venâncio Aires está ligado às indústrias de tabaco. Ao longo de 2021 as empresas do setor movimentaram quase seis mil trabalhadores. Neste segmento da indústria de transformação estão inseridos os trabalhadores do período de safra de processamento, que movimentam o maior volume de contratos. Este fluxo ocorre no primeiro semestre.

Mesmo com a movimentação de safristas, a fabricação de produtos do fumo garantiu crescimento de 19,14% no estoque de contratados, fechando o último ano com 1.550 empregados. No ano, foram registrados nas indústrias de processamento do município 5.992 admissões, contra 5.743 desligamentos. O saldo foi positivo ao longo de 12 meses, com a criação de 249 novos postos de trabalho nas empresas. Os dados são acompanhados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Em plena safra de processamento, o mês de janeiro de 2022 já registra movimentação positiva nas contratações das indústrias do tabaco. As empresas do setor registraram no primeiro mês do ano 665 admissões, contra 32 desligamentos. Com isso, o estoque de trabalhadores nas indústrias do fumo registrou no período aumento de 40,84%, frente ao resultado total de contratados ao longo de 2021.
No geral, os dados do Caged apontam que foram criados em janeiro na Capital do Chimarrão 798 novos empregos com carteira assinada. Destes, 633 estão ligados à indústria do fumo.

PROJEÇÃO
Para 2022, a projeção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins é que o setor continue na liderança no ranking de geração de empregos, no entanto, com redução no número de vagas, consequência da queda de 19,8% na produção. O administrador Ricardo Sehn explica que a diminuição de oferta de tabaco no mercado vai refletir nas contratações. “Com menos tabaco disponível, não haverá necessidade de tanta mão de obra principalmente nas empresas menores”, avalia.

O setor deve empregar de 4.000 a 4.500 trabalhadores neste ano que contará com uma safra mais rápida devido à falta de oferta de produto. A estimativa é de que a atual safra feche em 504.188 toneladas, contra 628.489 toneladas da safra passada. A queda é reflexo da diminuição de 9,78% da área plantada somada a quebra de 11,5% provocada pelo granizo (regiões do Paraná) e estiagem. A produção é a menor dentro da série histórica de acompanhamento anual realizado pela Afubra a partir da safra 2004/2005.

Mesmo assim, Senh destaca a relevância do setor. “Continua a ser importante pois outros setores não chegam a alcançar esse patamar”.

DESTAQUE ESTADUAL
O saldo de empregos durante o período de safra nas indústrias coloca Venâncio Aires em destaque no Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2022 a Capital do Chimarrão ocupa a quinta posição entre os municípios gaúchos que mais geraram empregos. Foram 798 vagas criadas no período. Santa Cruz do Sul, também movimentada pela indústria tabacaleira, ocupa a quarta posição entre as cidades do estado, com saldo de empregos no primeiro mês de janeiro de 827 postos de trabalho. A terceira posição é do município de Bom Jesus, com 902 empregos criados (colheita agrícola).

Já a capital gaúcha garantiu saldo de 1.217 empregos em janeiro, colocando Porto Alegre na segunda colocação. O ranking de janeiro é liderado por Vacaria, com saldo de 5.309 empregos gerados. A cidade também possui fluxo temporário de contratações, movimentados principalmente pelo setor agrícola.

FOTO: Junio Nunes/Sinditabaco

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