O ano de 2021 segue sendo de grande desafios para a economia mundial. A desaceleração, ligada diretamente às medidas de restrições impostas pela pandemia do novo Coronavírus exige mudanças neste segmento da economia. O reaquecimento econômico estará conectado pela produção industrial. Neste Dia da Indústria, celebrado no último 25 de maio, o setor que concentra mais de 55% das riquezas de Venâncio Aires, aponta para a estrutura e capacidade de geração de impostos, emprego e exportação. As indústrias da cadeia produtiva lideram as contratações no primeiro trimestre no Rio Grande do Sul. Além disso, está entre os cinco setores que mais exportaram no estado.
O ano, apesar da Covid-19, tem boas expectativas nas indústrias de tabaco. Pesquisa encomendada pelo Sindicato Interestadual das Indústrias do Tabaco (SindiTabaco), aponta para crescimento superior aos 6% nas exportações este ano. Já as contratações temporárias para o processamento deverão ocorrer até o mês de setembro, sendo mais longo, já que tradicionalmente a safra nas empresas encerra no fim de julho.
Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, apesar dos reflexos da pandemia, a indústria do tabaco tem boas expectativas de crescimento no ano. “A exemplo de 2020, o ano tem boas expectativas apesar das medidas de restrição. O setor tem garantido destaque e mantém a média de produção de 500 mil toneladas exportadas, número verificado nos últimos cinco anos,” explica.
De acordo com o representante das indústrias do setor, muito além da geração de empregos nas indústrias, concentrada mais no estado, a cadeia produtiva movimenta mais de 100 mil famílias no campo. “Em um período de desaceleração, a cadeia produtiva mantém as suas atividades, com projeção de estabilidade e crescimento. Isso mostra a sua capacidade de desenvolvimento e geração de riqueza. O momento exige um olhar diferenciado para este segmento, já que o setor além do agronegócio, aquece a indústria gaúcha,” destaca.
DESAFIOS
Entre os desafios apontados para os próximos anos dentro da indústria do tabaco está o combate ao contrabando. “Este é o principal desafio, já que o país como um todo perde em tributos e divisas. Durante a pandemia tivemos uma redução do mercado ilegal, principlamente por meio do controle de fronteiras e fiscalização. Enfrentar este problema poderá resultar em aumento direto nas indústrias, seja na produção, geração de emprego e negócios no mercado nacional,” afirma Schünke.
CONSOLIDADO
A indústria do tabaco brasileira está consolidada no cenário internacional. Conforme o presidente do SindiTabaco, a qualidade da produção e a tradição internacional colocam as empresas do país em destaque. “As indústrias do país estão em cenário competitivo, o que garante condições de negócios pelos próximos anos. O cenário global e a valorização do dólar colocam as empresas brasileiras em destaque. O tabaco brasileiro, pela sua qualidade, é reconhecido no mundo e isso coloca esta indústria em condições bastante competitivas,” conclui.
IMPACTOS
Cerca de 70% das indústrias foram impactadas negativamente, é o que apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento industrial tem um papel significativo na recuperação econômica do país e com as diversas mudanças causadas pela crise, a indústria encontra como desafio se adaptar à nova realidade.
A expansão na capacidade produtiva continua sendo uma prioridade para as indústrias no plano de investimento anual. De acordo com o documento Investimentos na Indústria 2020-2021, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 66% dos investimentos previstos para 2021 envolvem a aquisição de máquinas. Essa é uma forma de aprimorar os processos de fabricação, promover o aumento da produtividade industrial, além de ser uma solução sustentável para o negócio.
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