Desde agosto deste ano a taxa de inadimplência dos consumidores venâncio-airenses está estabilizada. O mês de novembro encerrou com o percentual de 24,6% de cadastros em serviços de proteção de crédito. Desde o oitavo mês do ano, o percentual está na faixa dos 24%. Em Julho e Junho ficaram em 25%, e 25,1%, respectivamente, as taxas mais elevadas desde janeiro.
A estabilidade dos números garantem também ao município percentuais menores do que a média estadual. Em novembro no Rio Grande do Sul, 30,4% dos consumidores tinham alguma restrição de crédito. Apenas em janeiro deste ano, a taxa ficou em 29,7%, no restante do ano, o percentual ficou acima dos 30%.
Os dados são acompanhados pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Caciva), divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/POA). As informações levam em consideração o banco de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Em Venâncio Aires são 55.748 consumidores ativos. A principal faixa salarial com restrições de crédito envolve consumidores que ganham até um salário mínimo. Na sequência aparecem os consumidores que recebem entre um e até dois salários mínimos. Os mais jovens são os principais consumidores com inadimplência. A faixa entre 25 aos 29 anos representa mais de 13% do total de consumidores com restrições. No Rio Grande do Sul são 8,9 milhões de cadastros ativos, deste total, cerca de 2,7 milhões possuem algum tipo de restrição de crédito no banco de dados da SCPC.
PESQUISA
A inadimplência das famílias gaúchas apresentou um recuo em novembro. Um total de 90,9% das entrevistas da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS), divulgada pela Fecomércio-RS na última semana. O levantamento é diferente do utilizado pela SCPC, porque utiliza informações apontadas diretamente pelo consumidor, e não só os banco de dados de crédito. Apesar do percentual ser ainda muito alto, é menor do que o verificado em out/23 (94,5%) e também do que o registrado em novembro de 2022 (91,8%).
Com o recuo de novembro, o percentual de endividados retornou ao patamar de janeiro de 2023. Entretanto, apesar da diminuição do percentual de famílias endividadas, a pesquisa mostrou um aumento no percentual de famílias daquelas que se consideram “muito endividadas” na comparação com o mês anterior que passou de 28,8% em outubro para 29,9% em novembro de 2023.
“Essa foi a primeira redução recente no percentual de famílias endividadas e de famílias inadimplentes que a PEIC apresenta. Precisamos acompanhar se próximos meses se confirmará como uma tendência ou não“, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.