O novo imposto do cigarro é pauta para a reunião da Câmara Setorial do Tabaco na próxima quinta-feira, 29. O tema é um dos principais a serem discutidos durante o encontro virtual que ocorre das 14h às 17h.
De acordo com o presidente Romeu Schneider, a mudança no imposto proposta pelo governo com a Reforma Tributária preocupa o setor que será fortemente impactado. “Precisamos saber se o governo vai continuar estimulando um movimento que vai na contramão do combate ao mercado ilegal prejudicando um setor que pode ajudar fortemente no pós-pandemia”, afirma.
A preocupação é de que a mudança aumente o mercado ilegal que já ocupa quase 60% do mercado brasileiro, podendo chegar a 80%. A ideia do governo é manter a contribuição fixa de R$ 1,10 por maço mais uma taxa de 22% sobre o preço total. Assim, o imposto sobre o cigarro chegaria aos 102%. No Paraguai, origem do cigarro ilegal, a tributação é de 18%.
Segundo Schneider, não há nenhuma posição até o momento sobre o assunto. Um comitê foi criado para tratar da pauta junto ao governo e trará ao grupo o cenário atual.
O peso da tributação sobre o cigarro brasileiro já chega a 71% Com preço médio de R$ 3,44, o cigarro contrabandeado do Paraguai entra no Brasil em uma disputa desleal contra a indústria legal, cujo preço médio do maço é de R$ 7,51.
A cadeia produtiva do tabaco mobiliza esforços em alertar as autoridades para as consequências em todo o setor. Entre elas está o comprometimento da geração de emprego e renda.
Na reunião, a Afubra também apresentará os resultados da safra 2019/20 como volume de produção, área plantada preço pago pelo produto entre outros dados. O grupo fará análise da oferta do produto no momento atual baseado no consumo e volume em estoques.