IFSul terá mobilização pela educação pública no próximo dia 16

Janine Niedermeyer
junho11/ 2016

A exemplo de outras unidades pelo Brasil, o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), campus Venâncio Aires também vai aderir à mobilização em prol da educação pública de qualidade. Esse é o mote central do ato que vai ocorrer dia 16 pelos campi do país, incluindo a Capital do Chimarrão.

Desde o meio da semana, professores têm conversado com alunos e os pais, para pedir apoio as ações de protesto, que vão ocorrer durante todo o dia da próxima quinta-feira. O Olá Jornal acompanhou uma destas conversas, que ocorreu na tarde de quinta-feira, 9, no auditório do IFSul.

A professora de Língua Portuguesa, Tânia Lisboa enfatizou que as dificuldades financeiras de toda rede federal vem se agravando. “Essa mobilização é uma garantia de termos a manutenção dos campi, com a permanência de todas conquistas”.

Segundo a docente, no entanto, para que o manifesto em defesa do IFSul tenha força, a presença dos alunos e famílias vai ser necessária. “Reunir apenas os cerca de 70 servidores que temos aqui não vai ser a mesma coisa, que todos juntos”.

ORGANIZAÇÃO
A coordenadora de estágios no IFSul Venâncio, Ruti Oliveira também explicou que as ações vem sendo planejadas em conjunto pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Para Venâncio, o cronograma vai ser repassado assim que estiver concluído, mas é certo que ocorrerá no centro da cidade, para dar voz ao ato.

Entre os objetivos estão o de promover uma aula-pública, uma ação solidária para coletar alimentos, entre outras atividades. Um horário ainda será estabelecido, mas deve ficar entre 9h e 16h. Dessa forma não haverá aula neste dia e será recuperado posteriormente, com os alunos.

CORTES
Ao complementar a importância desse movimento, o professor de geografia, Valmor Frantz destacou que o surgimento dos IFs foi a implementação de uma política-pública importante. “Não foi fácil instituir isso e ficamos com medo em relação aos investimentos, por parte deste governo interino”, frisou o docente.

Para ele, exemplos claros, estão na extinsão de ministérios importantes, como do Desenvolvimento Agrário e o de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Nesta linha me preocupo com os IFs e o sucateamento dos campi, a tal ponto que a sociedade deixe de acreditar que isso possa mudar a realidade local”, conclui Valmor.

Foto: Maicon Nieland

Janine Niedermeyer