A direção do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), juntamente com a direção técnica médica e a direção do Corpo Clínico da instituição, vêm, desde janeiro deste ano, em tratativas internas e externas, buscando viabilizar a manutenção do atendimento pediátrico ao SUS – Sistema Único de Saúde nas dependências do hospital.
O HSSM disponibiliza ao SUS atendimento pelo regime de sobreaviso médico, para atendimento de crianças que buscam o Pronto Atendimento 24 horas ou que precisam permanecer internados, além da assistência para todos os recém-nascidos no momento do parto, prestando o atendimento inicial nos primeiros instantes de vida. Somente três pediatras se dispõem a realizar este serviço, entretanto, a partir deste mês, um profissional pediu desligamento e até o momento, não se conseguiu a contratação de mais profissionais para garantir essa assistência.
A direção reforçou com a Secretaria Municipal da Saúde, a qual é a gestora do SUS no município, em reunião realizada no inicio de junho, a preocupação com essa falta de profissionais, mas até o momento, nada concreto foi realizado.
Há tempos o HSSM vem buscando internamente, dar vazão aos atendimentos dessa especialidade, inclusive, tendo de comprar serviços em outros hospitais da região, para atendimento de gestantes em trabalho de parto e que por razão do nascimento do bebê, precisam contar com a avaliação no pediatra na sala de parto, entretanto, com o advento da regionalização dos partos SUS, em processo final de implementação pelo Estado, e com o remanejamento de gestantes para hospitais maiores, está cada vez mais difícil este atendimento, devido ao aumento de atendimentos vindo de hospitais menores.
A regionalização dos partos preocupa também o HSSM, visto que ele atualmente presta o atendimento às parturientes de Venâncio Aires, Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde, que juntas, garantem cerca de 80 nascimentos mensalmente e com a falta de profissionais pediatras para este atendimento, o serviço poderá ser descontinuado e todos os pacientes terem que ser remanejados para outros hospitais, por meio da regulação estadual.
A busca por pediatras continua, entretanto, há uma notada falta destes profissionais no mercado o que vem a comprometer ainda mais este processo, somado também a falta de maiores investimentos por parte do governo no financiamento dos honorários pagos aos profissionais, o que torna ainda mais difícil fechar esta equação.