A passagem do governador Eduardo Leite (PSDB) por Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira, 09, encerrou em visita na fábrica da Philip Morris. Na oportunidade o chefe do Executivo gaúcho destacou que está empenhado na busca por regulamentação para os novos dispositivos de fumar. Para ele, é preciso um debate sem preconceitos sobre o tema, buscando garantir a continuidade dos negócios do setor.
“Estamos fomentando a gestão política sobre este assunto. O Governo do Estado tem participado dos debates, buscando apoiar o setor produtivo e argumentando sobre a importância da cadeia produtiva para a geração de renda e divisas. Estivemos com representantes em audiências públicas e reuniões abertas da Anvisa, buscando informações e apontando a necessidade de fomentar a discussão por uma regulação destes produtos,” destaca Leite.
O governador durante entrevista ao Olá Jornal, na fábrica da Philip Morris, voltou a destacar o interesse do Rio Grande do Sul em sediar empresas para estes novos produtos. “Nosso estado já é referência na produção de tabaco, e precisamos manter este papel de destaque. Temos as condições para receber estes novos empreendimentos e estamos abertos para estes investimentos,” comenta.
A fábrica de cigarros da companhia, em Santa Cruz do Sul, foi inaugurada há sete anos. É considerada uma das cinco mais modernas do grupo no mundo e já possui adaptações para produzir os novos dispositivos de fumar, sem queima do tabaco, apenas com aquecimento.
CONTRABANDO
Durante passagem na fábrica da multinacional, Eduardo Leite, falou também para os representantes da cadeia produtiva. Afirmou que o Estado está ampliando ações para diminuir o contrabando de produtos. Entre as medidas estão ações de fiscalização em rodovias e na fronteira, de forma ampliada, além de desarticulação de quadrilhas. “Na última semana uma operação foi realizada para deslocar chefes de quadrilhas para outros presídios federais. Sabemos que o contrabando de cigarros é um dos principais financiadores de quadrilhas e queremos apertar o cerco contra este crime.”
Segundo levantamento pedido pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) ao Ibope em 2019 foi constatado que 57% dos cigarros consumidos no Brasil são de origem ilícita. Do montante, 49% foram contrabandeados também do Paraguai e 8% foram produzidos por fabricantes nacionais que operam de forma irregular.