Os trabalhadores nas indústrias de fumo têm parecer favorável das empresas em relação ao reajuste do piso da categoria em 5%. A resposta à solicitação da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo (Fentifumo) foi apresentada em reunião na segunda-feira, 13, em Lages, Santa Catarina. O índice vale para os safristas que teriam, assim, elevação no salário de R$ 1.069,20 para R$ 1.122,66.
Para os efetivos o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) apresentou como reajuste a variação do INPC do período, arredondado para cima, mais 0.10. Na cesta básica, o incremento apresentado foi de 7,69% e no auxílio óculos de 5,08%. A partir de agora os sindicatos avaliam e decidem se chamam assembléia para aprovação da proposta pelos trabalhadores.
O presidente da Fentifumo, José Milton Kuhnen, explica que o índice da cesta básica ficou abaixo do esperado, no entanto, acredita que não haverá discordância. “A proposta não é onde queríamos chegar, mas também não é ruim. Nos demais itens pedimos o mínimo aceitável”.
Em relação às mudanças com a Reforma Trabalhista, ele afirma que houve entendimento das empresas que não é a hora de aplicar as novas normas e caso seja necessário, haverá discussão de cada item com a federação. Com a aprovação da reforma, esta era uma das principais novidades da pauta entregue ao Sinditabaco onde os sindicatos solicitaram que questões envolvendo terceirização e reforma trabalhista não sejam unilaterais e sim dialogadas com os trabalhadores.
Kuhnen lembra que pelo andar da negociação, esta poderá ser a primeira vez que o trabalho esteja encerrado antes do fim do ano, depois de pelo menos dois anos. Neste período, as negociações ficavam o ano sem acordo.