Fetag avalia 2018 e projeta 2019

Olá Jornal
dezembro06/ 2018
A FETAG reuniu nesta quarta-feira, 05, a imprensa da Capital para a tradicional coletiva de final de ano, ocasião em que são avaliadas as principais ações da entidade ao longo do ano, bem como realizadas projeções para os próximos 12 meses. Antes de iniciar a  manifestação do presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, que estava ao lado de colegas de diretoria, foi oferecido um café com produtos da agricultura familiar aos jornalistas.
Joel disse que o encontro com a imprensa sempre é importante, pois é fundamental realizar o balanço e mostrar um pouco do que foi o ano de 2018, ao mesmo tempo o que a FETAG espera de 2019. “Com todos os problemas enfrentados ao longo deste ano, podemos dizer que o período foi positivo para a agricultura e a pecuária familiar”, observou.
Entre os pontos positivos levantados pelo presidente, destacam-se impedir a Reforma da Previdência Social da forma como fora planejada; as melhorias no SUSAF, as legislações ambientais, o desenvolvimento de diversos programas através das feiras, um projeto novo da FETAG que são os Biomas; a implementação da assistência técnica via sindicatos. Por outro lado, os preços dos produtos agrícolas deixaram a desejar, uma vez que a lucratividade do produtor, em geral, ficou longe do esperado. Além disso, agora, ao apagar das luzes de 2018, veio a Instrução Normativa do Leite, que vai trazer algumas dificuldades; a rastreabilidade dos hortifrutigranjeiros, que precisa de mudanças e o preço do próprio leite, que volta a atormentar os produtores com valores que sequer cobrem os custos de produção.
O presidente Carlos Joel adverte que mal se encerra o ano e já para o próximo há sérias preocupações. “Aqui no Estado, com a mudança do governo, será mantida a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR)? Para a diretoria da FETAG, Eduardo Leite afirmou que ela seria mantida. Mesmo assim, quem será o secretário, qual o seu perfil”?
A mesma pergunta, conta Joel, vale para as pastas da Agricultura, Educação, Saúde, Meio Ambiente e Segurança. “Um governo para ter sucesso começa na escolha do grupo que vai trabalhar com ele. Esse pessoal será de diálogo, vai chamar as entidades para conversar antes de colocar em prática o que pensa ou vai agir de cima para baixo? Então, todas essas ponderações são relevantes para que não se criem resoluções que depois sejam inaplicáveis na ponta.
BRASÍLIA
O mesmo raciocínio serve para o governo federal, continua. “Já temos a definição de quem será o ministro da Agricultura. Mas a SEAD irá para o MAPA? Se a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, conhece a agricultura, mesmo sendo a empresarial, no INCRA foi colocado uma pessoa que não tem nada a ver com a pasta.  Nos resta torcer que para a SEAD seja indicado alguém que conheça a agricultura familiar. “Esperamos que em 2019 o crédito fundiário volte a funcionar, bem como a habitação rural”, projetou. Em relação à reforma previdenciária, que seja mantido o que vinha sendo discutido com o atual governo, ou seja, não mexer na agricultura familiar.
Antes de encerrar, Joel lembrou que a FETAG completou 55 anos em outubro. “A experiência alcançada ao longo de cinco décadas e meia, não nos assusta com os governos. Somos sabedores que a FETAG é grande, poderosa e que pode fazer frente e discutir com quaisquer governo, seja ele de que partido for. A FETAG está pronta e em alerta para todas as questões levantadas, inclusive em relação aos orçamentos, tanto do Estado como da União, que cortam severamente os recursos destinados à agricultura familiar. Então, a Federação está atenta a tudo isso e os agricultores familiares podem ter a certeza de que seguiremos lutando em sua defesa para seguir  crescendo como agricultor e pecuarista familiar”, completou.
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