Os negócios internacionais das empresas de Venâncio Aires sentiram os reflexos da desaceleração global no comércio exterior em função da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Com vendas de US$ 518,7 milhões, o ano de 2020 encerra como o pior nos negócios internacionais na década, para Venâncio Aires. Apesar da baixa, a Capital do Chimarrão mantém a 8ª posição entre os municípios gaúchos que mais exportaram.
A liderança é ocupada de forma isolada por Rio Grande, por conta do porto. A exportação venâncio-airense está ligada diretamente ao tabaco. O produto representa 96,7% do que foi exportado pelas empresas locais.
O principal parceiro comercial das empresas locais segue sendo a China. Em 2020 as vendas para os chineses totalizaram US$ 111 milhões com redução de 56,6% se comparado ao ano anterior. O destino asiático representa 21,4% das vendas internacionais de Venâncio Aires.
A Bélgica aparece na sequência representando 14,9% dos embarques locais, com vendas de US$ 77,4 milhões. O destino teve crescimento de 35,5% quando comparado ao ano passado, sendo a porta de entrada para o tabaco brasileiro na União Europeia.
O comércio com os Estados Unidos fechou 2020 com US$ 51,7 milhões, queda de 33,7% se comparado com 2019. O Paraguai representa 7,7% dos negócios, com US$ 40,1 milhões, com redução de 5,3% no ano. Já as vendas para a Indonésia totalizaram US$ 30,2 milhões, com aumento de 14,6% na balança comercial se comparado ao ano anterior.
ESTADO
Venâncio Aires praticamente manteve o mesmo ritmo de queda dos negócios internacionais que o Rio Grande do Sul como um todo. O estado fechou o ano com US$ 14,08 bilhões exportados, redução de 24,2% se comparado a 2019. O tabaco é o segundo produto nas vendas gaúchas, representando 8,4% do total negociado com o exterior, com US$ 1,18 bilhão. Os embarques damercadoria tiveram redução de 28% se comparado ao ano anterior. A liderança dos negócios é ocupada pela soja, que representa 21% da exportação gaúcha, com movimentação financeira de US$ 2,9 bilhões, e queda de 29% em igual período de 2019.
TABACO
O Brasil exportou em tabaco no ano de 2020 mais de 355.7 mil toneladas. O volume é 7,1% menor do que o comercializado em 2019, quando o país exportou 383,1 mil toneladas do produto.
ATÍPICO
O ano atípico de pandemia afetou os resultados da balança comercial local. Algumas vendas formalizadas em 2020 devem ser concluídas em 2021, a exemplo do que ocorreu em 2019, quando contratos fechados no ano anterior foram contabilizados, em função de problemas logísticos. Com isso, as vendas de 2019 foram as melhores em seis anos.
VENDAS INTERNACIONAIS NOS ÚLTIMOS ANOS DE VENÂNCIO
2020 – US$ 518.767.378
2019 – US$ 692.961.778
2018 – US$ 590.921.274
2017 – US$ 620.742.133
2016 – US$ 575.212.252
2015 – US$ 521.743.386
2014 – US$ 538.300.697
2013 – US$ 799.625.808
2012 – US$ 783.629.531
2011 – US$ 702.602.923
2010 – US$ 759.891.883
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
FOTO: SindiTabaco/Junio Nunes