Exportações de tabaco registram alta de 37,2% no bimestre

Olá Jornal
março19/ 2022

Os negócios internacionais com tabaco registraram entre janeiro e fevereiro de 2022 alta de 37,2% se comparado a igual período de 2021. No bimestre foram exportados US$ 351,8 milhões em tabaco descaulificado ou desnervado (termos utilizados na classificação da Secretaria de Comércio Exterior). No período foram movimentados 81.571,53 toneladas, aumento de 32,3% se comparado ao ano passado. Os dados levam em consideração todo o movimento feito no Brasil com o produto.

O segmento representa 1,43% do total exportado pelo país no bimestre, ocupando a 16º posição no ranking de exportações da indústria de transformação brasileira. Entre os estados, o Rio Grande do Sul foi o principal exportador de tabaco em folhas, movimentando US$ 328 milhões, representando 93,2% do total. A variação é positiva em 45,1% no ano. Na sequência aparece Santa Catarina, que movimentou no período US$ 23,2 milhões, com 6,60% de participação, e Paraná, que exportou US$ 557 mil entre janeiro e fevereiro.

SEGUNDO
No primeiro bimestre de 2022, a exportação de tabaco em folhas representa o segundo item mais exportado pelo Rio Grande do Sul, com 11%. A primeira posição é ocupada por trigo e centeio não moídos, que representam 12% entre janeiro e fevereiro. A terceira posição é de produtos de farelo de soja e outros alimentos para animais, que representam 9,2%. A quarta posição entre os campeões de negócios internacionais é ocupada pela soja, com 7,6% do total de embarques. Nos dois primeiros meses de 2022 o Rio Grande do Sul negociou mais de US$ 3,1 bilhões.

RESULTADO
Para o Rio Grande do Sul o resultado de 2022 nos negócios de tabaco é o melhor desde 2018. O aumento de exportações neste ano ocorre também por conta de atrasos nos embarques do produto ao longo de 2021. O ano passado registrou problemas de logística e falta de contêineres, que acabaram afetando também outros negócios internacionais.

DESTINOS
O tabaco brasileiro em 2022 teve como principal destino, até o momento, a Bélgica, que representa 40% do total de embarques, com US$ 140 milhões movimentados, alta de 152,4%. O país é a porta de entrada para a União Europeia.

A China aparece na segunda posição com US$ 83,7 milhões negociados, para o período, representa uma queda de 13,8% se comparado ao ano passado. O gigante asiático representa 24% dos destinos do tabaco brasileiro.

FOTO: Junio Nunes/Sinditabaco

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