O setor de tabaco brasileiro iniciou 2025 com resultados históricos. As exportações do produto entre janeiro e abril somaram US$ 907,6 milhões, configurando o melhor desempenho dos últimos dez anos para o primeiro quadrimestre. Esse valor representa um crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados US$ 776,6 milhões, e consolida uma curva ascendente nas vendas internacionais dos produtos de tabaco.
Essa trajetória de crescimento contínuo pode ser observada desde 2020, quando os embarques foram impactados pelos efeitos econômicos da pandemia de COVID-19. Naquele ano, o Brasil exportou US$ 434,7 milhões em produtos de tabaco entre janeiro e abril. Em 2021, o volume saltou para US$ 500,4 milhões, seguido de US$ 692,6 milhões em 2022 e US$ 767,5 milhões em 2023. Em 2024, o valor chegou a US$ 776,6 milhões, até atingir o recorde atual de US$ 907,6 milhões em 2025. A comparação com períodos anteriores confirma a robustez do setor: em 2019, por exemplo, o valor exportado foi de US$ 675,9 milhões; em 2018, US$ 597,9 milhões; e, em 2017, apenas US$ 318,9 milhões. Nos anos de 2016 e 2015, o desempenho foi de US$ 507,3 milhões e US$ 553,1 milhões, respectivamente.
O crescimento expressivo das exportações reflete não apenas a recuperação do mercado internacional, mas também a valorização do produto brasileiro, reconhecido mundialmente por sua qualidade. Em 2025, a China manteve sua posição como o principal destino do tabaco brasileiro, com a importação de 33,3 mil toneladas e uma receita gerada de US$ 324,2 milhões. O preço médio pago pelo país asiático foi de US$ 9,72 por quilo, o equivalente a R$ 58,34, demonstrando o alto valor agregado do tabaco brasileiro.
Outros países que se destacaram entre os principais compradores foram Bélgica, Estados Unidos, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Turquia, Rússia e Vietnã. A Alemanha chamou atenção mesmo ocupando apenas a 14ª posição em volume exportado, pois registrou o maior valor médio por quilo: US$ 11,00, ou R$ 64,24.