Foi no sentido de deixar questionamentos para reflexão ao público da área da comunicação, que o head de Inovação e Estratégias Digitais da MSLGROUP, Marcelo Minutti, palestrou em evento promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco). A atividade promovida para jornalistas, em alusão ao Dia do Jornalista (7 de abril), assim como à representantes de empresas do setor, ocorreu na manhã desta quarta-feira, 5, em auditório do Hotel Deville Prime em Porto Alegre.
Com o tema “O Futuro da Comunicação: reputação, influência e as novas tecnologias”, o profissional que atua no mercado de mídia digital há 20 anos, trouxe diferentes aspectos do envolvimento do público com as mídias. Em uma de suas abordagens iniciais, Minutti falou da hiperconexão e a fragmentação da atenção, onde hoje quanto mais estímulos você recebe pelas redes sociais, menos você foca no conteúdo. “São mais experiências do que comunicação”.
O pesquisador afirmou que na atualidade são múltiplas as dimensões, onde não se divide mais o seu dia em pessoal (em casa), o profissional (no emprego) e o social (ao sair com os amigos). Minutti relata que é impossível separar isso hoje, com as diferentes plataformas de interação. No sentido das notícias produzidas, ele explica também a necessidade de se ter sorte para as publicações ganharam alcance maior, uma vez que “existe uma abundância de informações. As pessoas não procuram mais informações, pois as informações chegam até elas, por meio de links”.
Ao transformar isso em dados, o palestrante destacou que 84% das pessoas confiam em recomendações sociais, vindas através de seus grupos de amigos e da família. Segundo Minutti, hoje se formaram bolhas sociais, onde só se vê o que se gosta, logo descartando opiniões divergentes às nossas, o que pode ser algo negativo.
Em um dos momentos da palestra, o pesquisador ainda destacou a diferença entre influência e audiência. Minutti colocou que necessitamos mais de pessoas influentes, uma fez que elas levam outras pessoas a agir, enquanto aqueles com audiência são apenas transmissores de informações, não promovendo a ação.
Por fim, Marcelo Minutti deixou como dicas sete competências disruptivas, no sentido de se criar um novo mercado e até mesmo concorrer com aqueles que no momento dominam determinada área:
Empatia consciente – No sentido de você ver as coisas pelo olhar de seu público foco;
Curiosidade investigativa – De sempre estar questionando as situações em seu em torno;
Pensamento lateral – Do mesmo termo de olhar para fora da caixa, ao trocar experiências com outros setores e não somente do seu meio;
Experimentação fanática – Repetição e erro, inovar e fazer algo que ainda não se fez;
Abstração profunda – O que é importante no momento? Faz sentido para resolver o seu problema?;
Cooperação aberta – Inteligência coletiva, pensar em conjunto;
Criatividade pragmática – Ser objetivo nas criações, estar associado ao problema.
Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal