Estudo da UFRGS aponta que 1.356 imóveis foram afetados pelas enchentes em Venâncio Aires

Olá Jornal
maio18/ 2024

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) monitora os impactos causados pela enchente histórica do estado. Os dados levam em consideração informações por imagens de satélite, coletadas em 06 de maio, a partir de manchas de inundação (água e lama). No caso de Venâncio Aires, neste período, os impactos na parte baixa da área urbana já eram menores, uma vez que as águas do Castelhano recuam de forma mais rápida. Entretanto, no estudo da instituição, a Capital do Chimarrão conta com 1.356 domicílios afetados pela enchente.

O número representa 4,2% do total de imóveis cadastrados no município, segundo dados do Censo de 2022. No dia 06 de maio, data de análise das imagens de satélite, eram 2.266 pessoas afetadas de forma direta. A prefeitura de Venâncio Aires estima que de maneira geral tiveram impactos com as enchentes desde o dia 29 de abril, mais de 20 mil pessoas no município. Os estudos foram coordenados pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs.

O levantamento também possui uma distância de quatro dias, já que o pico da enchente em todo o Vale do Taquari ocorreu no dia 02 de maio, quando atingiu o leito do rio Taquari atingiu 33,35 metros em Lajeado/Estrela. Os dados na segunda semana dos eventos climáticos apontam que na região foram afetadas 60.776 pessoas, atingidas de forma direta pela enchente. Lajeado puxa a frente com 20.002 pessoas (21,4% da população), seguido de Estrela com 14.958 moradores, Arroio do Meio com 7.311 e Encantado (6.223). Ainda aparecem na lista Cruzeiro do Sul (2.495), Taquari (2.122), Muçum (1.551), Bom Retiro do Sul (1.088), Marques de Souza (834) e Colinas (460).

No Vale do Rio Pardo, Santa Cruz do Sul teve 20.229 pessoas atingidas, com 9.354 imóveis afetados, representando 15,3% do total de domicílios registrados na cidade. Vera Cruz, registrou 2.458 pessoas afetadas e 1.209 imóveis atingidos, representando 10,1% do total do município.

ESTUDO
No estudo, foram classificadas as áreas inundadas da região da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba para obter a área diretamente afetada. A partir disso, essa mancha foi cruzada com dados do Censo IBGE 2022 para estimar população e domicílios afetados; dados do MapBiomas para estimativa de áreas urbanas afetadas; dados de prédios do Google e altura de prédios da GHSL-H (JRC Comissão Europeia) para estimativa de número de edifícios afetados e área construída afetada; com dados do Open Street Maps para estimativa de vias afetadas. Este repositório foi desenvolvido por diversos setores da UFRGS e oferece modelos de previsão de elevação do nível d’água, mapeamento de áreas afetadas pelas inundações e produção de informações críticas no enfrentamento da crise das cheias de maio de 2024 no Rio Grande do Sul.

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