Uma das ações anunciadas pela Universidade de Santa Cruz do Sul com a criação do Centro Socioambiental, é de garantir a validação de projetos técnicos para a compensação de créditos de carbono. O carro chefe da economia regional, a produção de tabaco, poderá ser revertido ainda em créditos para os produtores, já que o cultivo vegetal e a retenção de carbono no solo, poderão reduzir os impactos ambientais da cadeia produtiva. Um estudo está em análise para calcular a geração de créditos nas lavouras, em toda a região Sul, e o potencial para reversão. O assunto pauta a iniciativa entre a universidade e o Sindicato Interestadual das Indústrias do Tabaco (SindiTabaco).
O crédito de carbono é um mecanismo monetário que representa a redução de uma tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente (CO2e) ou sua remoção da atmosfera. Os créditos e compensações de carbono são obtidos por meio de diversas iniciativas e projetos que tentam reduzir as emissões. Elas visam podem envolver a produção de energia renovável, melhorias na eficiência energética, reflorestamento e captura de metano em aterros sanitários, por exemplo. Cada iniciativa é avaliada rigorosamente para garantir a sua legitimidade e a precisão das reduções de emissões.
A Unisc avalia o potencial financeiro da iniciativa, projetando as possibilidades de valores gerados a partir das propriedades de tabaco. A Associação Brasileira de Crédito de Carbono e Metano (ABCarbon), estima que podem ser gerados R$ 3,5 mil por hectare, em média, com crédito de compensação por retenção de carbono.