As entidades representativas dos produtores de tabaco – Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – estão encaminhando ofícios às indústrias do setor, buscando discutir formas de bonificar agricultores prejudicados no início da safra.
A medida ocorre após maior valorização na classificação do tabaco na reta final da safra. Conforme o presidente da FetagRS, Carlos Joel da Silva, as entidades defendem uma forma de compensação aos produtores que venderam a sua produção no início da comercialização. “É um absurdo a situação atual, há casos de produtores que tiveram perdas na comercialização entre 30% e 40%. Não é justo com os produtores que assumem compromissos com as indústrias. É preciso garantir uma bonificação após este cenário de indignação.”
Ainda na sexta-feira, 11, as entidades divulgaram nota oficial apontando a situação. O grupo questiona o método de compra, já que após quase 80% da produção comercializada, as empresas desde o mês passado valorizaram as classes, aumentando o valor pago pelo tabaco. As entidades manifestam-se indignadas e insatisfeitas com a comercialização do tabaco da safra 2020/2021. “Não podemos aceitar as mudanças nas políticas de compra que, na safra atual, foram de uma grande rigidez para uma completa abertura de valorização, o que trouxe consideráveis prejuízos financeiros aos produtores,” destaca trecho do documento oficial.
Conforme Silva, ofícios para discutir com as direções das empresas do setor medidas compensatórias já foram encaminhados. Reuniões individuais serão agendadas para analisar alternativas aos produtores.