As entidades representativas de produtores e trabalhadores nas indústrias do tabaco esperam que haja bom senso nas discussões sobre a regulamentação do cigarro eletrônico. Presentes durante a primeira audiência pública, em Brasília, as lideranças avaliam as discussões.
Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, o bom senso deve prevalecer para diminuição dos riscos. Ele ainda considera o debate desigual. “Cinco eram a favor e sete contra, tem que ser igualitário. Existe ainda muito ódio e ideologia, radicalismo, os antitabagistas não conseguem ver os benefícios.”
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, considera importante que o assunto tenha voltado à pauta, mas chama atenção para o segundo momento de debates, no dia 27. “Esperamos que depois disso as coisas andem com mais velocidade considerando que a não regulação estimula o contrabando e o consumo de produtos que não são controlados”.
De acordo com o presidente da Afubra, Benício Werner, a expectativa é para que desta vez a Anvisa se posicione a favor do consumo. “Caso contrário, os consumidores vão consumir clandestinamente e isso certamente a Anvisa também não vai querer”. A preferência da Afubra é pela aprovação do cigarro aquecido que utiliza tabaco.
O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), Gualter Baptista Júnior, defende o combate ao contrabando como meio de viabilizar a manutenção dos empregos na indústria. “Considerando o número de empregos diretos, cerca de 40 mil trabalhadores na indústria do tabaco, em todo o Brasil são 100 mil pessoas beneficiadas com estes postos de trabalho. A manutenção deles é muito importante”.