As indústrias do tabaco tiveram queda de 10,1% na geração de empregos formais no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Entre janeiro e março deste ano, o saldo de empregos com carteira assinada foi de 3.503 vagas, enquanto no mesmo período de 2024 o número chegou a 3.896, representando uma diferença de 393 postos de trabalho a menos.
Em janeiro de 2025, foram geradas 887 vagas, uma redução de 17,9% em relação a janeiro de 2024, quando o saldo foi de 1.081 empregos. Já em fevereiro de 2025, o saldo foi de 1.446 empregos, praticamente estável em relação a fevereiro de 2024, que registrou 1.450 vagas — uma leve queda de 0,3%. Por fim, em março de 2025, foram criadas 1.170 vagas, o que representa uma redução de 14,3% em comparação com março de 2024, quando foram gerados 1.365 postos.
Venâncio Aires é um dos principais polos da indústria fumageira do Brasil e concentra grande parte das contratações do setor. Apesar de o saldo ainda ser positivo, a desaceleração no ritmo de geração de empregos pode indicar ajustes nas estratégias das empresas ou reflexos de fatores econômicos, como exportações, produtividade ou demanda global por tabaco.
A projeção do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires é de alcançar mais de 4,5 mil trabalhadores safristas contratados ao longo deste ano nas indústrias do tabaco.