Os alunos que frequentam as escolas que ofertam o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) tiveram redução em 2021. Frente a 2020, a queda foi de 20,8% nas redes municipal e estadual. Na rede privada, que oferta esta modalidade os números se mantiveram iguais de um ano para outro. A pandemia pode ter ajudado na redução de alunos, em especial por conta da crise econômica e necessidade de trabalhar em horários diferenciados.
Os dados estão disponíveis no Censo Escolar parcial, divulgado pelo Ministério da Educação. Segundo o levantamento, ao longo de 2021, tanto a rede municipal, como a do Estado, tinham 535 alunos matriculados em EJA. Já em 2020 este número alcançava 676 estudantes.
Se levar em consideração apenas estudantes da rede municipal, o percentual de queda é maior, alcança 26,9%. Ao longo de 2020 eram 271 alunos em turmas do ensino para jovens e adultos. Já em 2021, este número foi de 198 estudantes matriculados. Nas escolas do Estado, o percentual de redução é de 16,7%, em 2020 eram 405 alunos e neste ano estavam matriculados 337 pessoas. Nos demais níveis de ensino, a rede municipal não teve diminuição de estudantes, em algumas, como Ensino Fundamental houve leve aumento de matrículas. As maiores perdas de estudantes estão ligadas ao EJA.
Para o secretário municipal de educação, a pandemia está ligada diretamente à diminuição, e ao longo do próximo ano serão realizadas ações para estimular a volta dos estudantes para as turmas de EJA. “São reflexos ainda da pandemia e da crise econômica, há casos inclusive de estudantes de outros níveis que optaram por abandonar as aulas para trabalhar,” explica Emerson Elói Henrique.
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