Uma escola sem energia pode transparecer algo ruim, mas quando não há alunos e nem sequer atividades escolares a luz já não faz mais sentido. É o que constatou a Secretaria de Educação de Venâncio Aires em levantamento realizado nas contas mantidas pela pasta.
Foram encontrados 23 estabelecimentos em que a secretaria pagava a conta sem fazer uso dos mesmos, entre eles prédios escolares desativados, centros comunitários e ginásios. O desligamento da luz nesses
locais poderá gerar, a partir do próximo mês, economia de até R$ 3 mil mensais. São contas de energia com valores que variam de R$ 31 até R$ 242 por mês.
A desativação teve início nesta semana pela RGE Sul, após encaminhamentos da pasta municipal ainda no fim de março, envolvendo casos de simples taxas de manutenção (pelo não pedido de desligamento), uso das sociedades do interior que não tinham gastos com a luz (que vinha sendo pago pelo Executivo) e até mesmo invasão de prédio escolar para moradia particular.
USOS INDEVIDOS
As informações foram relatadas a reportagem do Olá Jornal em conversa com a secretária Joice Battisti Gassen. A titular da pasta relata que a apuração foi promovida após um pedido do vice-prefeito Celso Krämer. “Ele tinha um conhecimento disso, mas não tinha um dado concreto sobre isso e pediu para que se fizesse esse levantamento”.
Foi com a análise dessas contas recebidas que se observou situações como do prédio da já desativada escola São José em Monte Belo. “No mês de janeiro, por exemplo, o local gerou consumo de R$ 461,33 nesta escola invadida por uma família”, cita Joice Gassen.
Outras situações são de comunidades que em regime de comodato solicitaram a cedência do prédio dessas escolas desativadas e a Prefeitura continuou a pagar a conta de luz. A secretária relata que existem casos antigos de educandários desativados e com a energia mantida, como a Ismael Marques da Costa, em Linha Cerrito, e Visconde do Mauá, em Linha, São João na região de Vila Mariante, fechada há pelo menos 15 anos.
“Em alguns casos não são recursos altos, mas somente em meses de férias que a gente apurou foram R$ 8 mil de gastos em energia, juntando esses períodos. Mas o encaminhamento para RGE já se deu no final de março e na segunda-feira, 5, começaram os cortes”, enfatiza Joice Gassen.
Confira a matéria completa na edição desta quarta-feira, 7 de junho!
Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal