Cerca de 5 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, compareceram hoje (31) à Esplanada dos Ministérios em em Brasília, em um ato a favor do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Eles também expressaram apoio à operação Lava Jato, pediram o fim do foro privilegiado e protestaram contra a corrupção.
Inicialmente, a Polícia Militar tinha estimado em 3 mil o número de participantes, mas informou que até o fim do protesto, o número chegaria a 5 mil. A estimativa é bem menor que a dos organizadores do protesto: Vem pra Rua, Nas ruas e Movimento Limpa Brasil, que chegaram a falar em 10 mil participantes.
Os manifestantes concentraram-se ao lado do Museu da República e, de lá, seguiram para a frente do Congresso Nacional. “Viemos reforçar que a nossa luta não parou”, disse Ricardo Noronha, um dos integrantes do Movimento Limpa Brasil.
Algumas pessoas seguravam faixas de apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância. Moro foi um dos mais citados nos discursos realizados nos carros de som. Manifestantes chegaram a entoar Parabéns a Você no gramado em frente ao Congresso Nacional, como homenagem ao juiz que completa 44 anos amanhã (1º).
O projeto de iniciativa popular com dez medidas de combate à corrupção era comumente citado como forma de “melhorar” o país. “Somos favoráveis ao projeto e queremos a sua aprovação o quanto antes”, defendeu Noronha.
Pelo país
Em todo o país, movimentos favoráveis e contrários ao impeachment de Dilma Rousseff promovem manifestações neste domingo. No Rio de Janeiro, manifestantes fizeram um protesto na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo (31), contra a corrupção e em apoio à Operação Lava Jato.
Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e alguns com os rostos pintados, os ativistas se concentraram na altura do Posto 5 e tiveram o apoio de dois caminhões de som. O alvo principal dos manifestantes foi a presidenta afastada, Dilma Rousseff, mas sobraram críticas também ao governo do presidente interino, Michel Temer. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes.
Já em Minas Gerais, após alguns meses sem grandes manifestações em Belo Horizonte, movimentos contrários e favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República voltaram a ocupar hoje (31) as ruas da cidade.
As mobilizações, porém, foram mais modestas que os atos de abril, ocorridos às vésperas da votação da admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados. A Polícia Militar informou que não fez estimativa de público dos atos.
Os manifestantes favoráveis à presidenta afastada Dilma Rousseff também organizaram um varal e reuniram cartazes com palavras de ordem contra o governo interino de Michel Temer. Um das pautas em destaque foi a defesa da exploração do pré-sal pela Petrobras.
O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Leopoldino Martins, criticou a recente decisão da estatal de vender por US$ 2,5 bilhões a participação em um bloco exploratório na área do pré-sal da Bacia de Santos. “Esse bloco poderia render cerca de R$22 bilhões. É um prejuízo maior do que os desvios da Lava-Jato”, comparou.
Com informações da Agência Brasil.
Fotos – Léo Rodrigues e José Cruz/Agência Brasil