Levantamento realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) aponta situação laranja em Venâncio Aires, ou seja, necessidade de novas fontes de abastecimento de água potável para a área urbana. Atualmente o arroio Castelhano é a fonte de captação de água na cidade. Entretanto, o monitoramento da ANA aponta a necessidade de maior capacidade de fonte ou novo local para abastecimento do município.
No mapa das águas, realizado pela agência federal para analisar a situação das fontes de abastecimento das cidades, divulgado no início de setembro, a Capital do Chimarrão precisa encontrar novos pontos de coleta.
Emergencialmente a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), apresentou projeto, ainda em 2015, à agência, aumentando o número de dutos que fazem o transporte da água do arroio, para a Estação de Tratamento de Água (ETA), instalada no bairro Morsch. Atualmente são bombeados do arroio até o local de tratamento 148 litros por segundo.
Como medida paliativa a proposta apresentada à ANA é de ampliar a área de captação, com instalação de dutos que encaminham a água até a ETA. Com esse investimento será ampliado em mais 44 litros por segundo a vazão.
Conforme o gerente local da Corsan, Ilmor Döor, o projeto apresentado para Venâncio Aires leva em consideração a capacidade instalada na barragem do arroio. Entretanto, ações de longo prazo são estudadas. “Essa ampliação dos dutos de captação garantem o abastecimento da cidade, levando-se em consideração o volume habitacional. Aliado a esse tipo de investimento realizamos obras para bombear água nos bairros e para implantação de novos reservatórios.”
O mapeamento da agência federal leva em consideração somente a situação do abastecimento de água dos municípios e o tipo de captação. Quanto aos problemas enfrentados em alguns bairros, estes estão relacionados à distribuição na rede hídrica. Na avaliação Venâncio Aires precisa buscar um novo manancial. Entretanto, Döor afirma que projetos são avaliados para melhorar a vazão do arroio Castelhano.
“Temos estudos para a construção de barragem ou de um lago artificial. Porém, a proteção ao arroio Castelhno poderá auxiliar na manutenção do abastecimento. A estrutura atual da Corsan tem condições de abastecer a cidade, mas é preciso avaliar alternativas,” destaca.
REGIÃO
Segundo o diagnóstico na região Venâncio e Vale Verde constam com sinal de necessidade para um novo manancial de abastecimento. Passo do Sobrado e Santa Cruz do Sul constam com a necessidade de ampliação do sistema de captação de água para atender a demanda. Os dados foram coletados ainda em 2015.
ALTERNATIVAS
A gerência local da Corsan destaca que a captação de água do Rio Taquari, que possui maior volume, para abastecer a área urbana da cidade tem custo elevado. Seria necessária a construção de uma adutora com 35 quilômetros, além de estações de bombeamento. O custo poderia ultrapassar os R$ 20 milhões.