O avanço da variante Delta do novo Coronavírus (Covid-19) leva as autoridades de saúde a reforçarem ao público a necessidade de tomarem a segunda dose da vacina. Embora não haja nenhum caso em Venâncio Aires, o Rio Grande do Sul é o quarto estado com o maior número de contaminados, sendo 64 do total de 706 confirmados pelo Ministério da Saúde. Porto Alegre tem três hospitais que confirmaram surtos da doença.
De acordo com a médica infectologista, Sandra Knudsen, a entrada da nova variante mudará o atual cenário vivido pelo município, considerado tranquilo. “Vamos ter essa mudança na nossa situação, nós vamos ver mais casos, ou vamos ver um aumento novamente de internações. Então estamos vigiando, por enquanto não temos essa suspeita mas é uma probabilidade”, afirma.
Por isso, a especialista chama atenção para a necessidade de completar o esquema de vacinação. “Novamente se mostra a importância de todos fazerem as duas vacinas, de todos completarem o esquema vacinal porque quanto mais pessoas vacinadas nós tivermos, menor vai ser a chance dessa variante conseguir circular aqui”, avalia Sandra.
A infectologista alerta que com apenas uma dose não há a resposta imunológica esperada. “As pessoas procurarem a segunda dose é fundamental e nos preocupa porque a gente ainda percebe que várias pessoas não comparecem para fazer a segunda dose”.
Além disso, Sandra explica que a maioria dos pacientes que chegam a necessitar de internação ou não tem nenhuma dose ou tem apenas uma. “Com uma dose a gente teve várias internações então reforça a necessidade de completar o esquema vacinal. Quando a vacina aplicada precisa de duas doses para imunizar a pessoa, não é com uma que ela vai estar protegida”.
BUSCA ATIVA
Buscando garantir o processo de imunização completo, com aplicação das duas doses, as equipes municipais realizam a busca ativa destas pessoas. De acordo com o relatório, até esta sexta-feira, 20, 2.163 pessoas ainda não haviam recebido a segunda dose da imunização contra o novo vírus. Este grupo está na faixa de idade entre os 55 e mais de 80 anos. Neste número podem constar pessoas que receberam a primeira dose nos últimos dias, e ainda estão no período de espera para receber a segunda vacina. De acordo com a infectologista, não há motivos para se reocupar com as reações. “A gente tem que ressaltar que quem teve reação com a primeira dose às vezes fica com medo de fazer a segunda, mas normalmente a segunda dose não dá reação como a primeira, ou dá bem menos então por favor vamos todos completar o esquema vacinal se não estaremos protegidos de forma segura”, conclama.