“É uma lição muito grande, porque ninguém tinha achado esse caminho. Vocês são exemplo para o nosso país e para mais oito países”. Assim foram definidas as ações do Instituto Crescer Legal pela chefe da Divisão de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador, Marinalva Dantas, durante visita à região.
Ela juntamente com representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e de órgãos ligados aos Ministérios do Trabalho de oito países estiveram em agenda em Santa Cruz desde o dia 19 para conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelo Instituto. O objetivo é de contribuir para a promoção do trabalho decente nos países em desenvolvimento, produtores de algodão, por meio da sistematização de experiências brasileiras, com foco principal na prevenção e erradicação do trabalho infantil.
Ao todo, cerca de 40 profissionais ligados às áreas de fiscalização do trabalho infantil no Brasil, Paraguai, Peru, Moçambique, Mali, Tanzânia, Jamaica e Myanmar foram recebidos na localidade de Boa Vista, no interior de Santa Cruz, e conheceram os jovens aprendizes da última turma em andamento do piloto do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Guilherme Simonis.
PROTAGONISMO
A coordenadora do Programa Sul-Sul na OIT, Fernanda Barreto Ribeiro, explicou que a agenda do grupo Brasil é uma imersão na inspeção do trabalho. “Ficamos muito impressionados com a inovação do Programa de Aprendizagem desenvolvido, especialmente por ser um modelo de fazer aprendizagem de uma maneira protegida e com questões ligadas à gestão da propriedade.”
Segundo o diretor-presidente do Instituto, Iro Schünke, o Instituto Crescer Legal surgiu da experiência do setor do tabaco com a temática do trabalho infantil. “Desde 1998 tratamos do tema junto às nossas empresas associadas. Em 2011 a ser chamado de Crescer Legal, com foco direcionado também aos adolescentes, que amadureceu e foi transformado em 2015, em Instituto”, explicou.