Venâncio Aires fechou o trimestre com crescimento de 34% na geração de empregos este ano. A comparação leva em consideração o resultado dos três primeiros meses de 2020, quando a cidade teve saldo positivo de 3.238 vagas. Em 2021 este número salta para 4.330. O resultado foge do movimento anual de contratações temporárias para o período de safra na indústria do tabaco, já que a partir de março o ritmo de contratações começa a reduzir. O que não ocorreu neste ano, que se manteve praticamente igual com fevereiro. Para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins, de Venâncio Aires, o movimento ocorreu por conta da pandemia e preocupações com os decretos de distanciamento.
As informações constam no relatório apresentado pelo Ministério da Economia, levando em consideração informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês passado o município registrou 2.535 admissões nas empresas locais, contra 775 desligamentos. O resultado está diretamente ligado ao período de safra de processamento de tabaco nas indústrias, que neste ano em função da pandemia deve ser mais longo, garantindo saldo positivo ao município por mais tempo.
A entidade sindical projeta um período mais longo de contratações temporárias, chegando a dois meses a mais. Antes o saldo positivo de geração de emprego era registrado até o mês de julho. Neste ano, a expectativa é de avançar até o mês de setembro, o que garantiria o maior período de equilíbrio nas admissões e desligamentos da cidade.
Venâncio Aires aparece como a segunda cidade no Rio Grande do Sul que mais gerou empregos no mês de março, atrás apenas de Santa Cruz do Sul que registrou saldo positivo de 2.139. Na terceira posição aparece Porto Alegre com saldo de 1.757 empregos.
O resultado no primeiro trimestre é ressaltado, já que ao longo de fevereiro e março, a cidade – a exemplo de outras regiões do país – viveu o pior período da pandemia. Aliado a isso, decretos de restrição no funcionamento de empresas e distanciamento especial nas indústrias também foram estipulados, o que poderia prejudicar o ritmo das contratações.
FOTO: Divulgação/SindiTabaco