COP7 encerra na Índia, com pautas para a próxima edição na Suíça

Guilherme Siebeneichler
novembro12/ 2016

Encerrou na tarde deste sábado, 12, horário da Índia, a 7ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. O evento iniciou na última segunda-feira, 7 e contou com a participação de 141 países, dos 181 que assinaram o tratado. O documento final foi publicado, abordando pontos como, a diversificação de culturais e ações governamentais de saúde pública para reduzir o tabagismo. Deverão ganhar novamente destaque nas pautas de discussões, em 2018, o combate ao comércio ilegal de cigarros e os sistemas eletrônicos de nicotina.

O Brasil saiu fortalecido da edição deste ano, mostrando o protagonismo nas políticas de saúde pública para o controle do consumo de cigarros, e ações na busca pela diversificação das lavouras de tabaco. Em entrevista coletiva no encerramento, a chefe do secretariado da convenção, Vera Luiza Costa e Silva, destacou que o tratados sai forte, porém há pontos para avançar. “É necessário união de todos os países para avançar nas políticas de proteção ao tabagismo. No Brasil temos bons resultados, mas é necessário ir além, sem ouvir o que a indústria do tabaco julga ser prejudicial para a cadeia produtiva.”

Vera, a exemplo de 2014 na Rússia, argumentou que a convenção tem preocupação com os agricultores. “É necessário tempo para que ocorra a diversificação, os pequenos produtores de tabaco são a ponta mais fraca da cadeia produtiva. Estamos pensando também em como auxiliar eles na busca por alternativas.”

O chefe da delegação brasileira, na conferência, embaixador na Índia, Tovar da Silva Nunes, afirmou que o país saiu fortalecido do encontro global de saúde pública. “O Brasil tem protagonismos nas relações internacionais, a COP7 foi exemplo disso. Nosso país tem conseguido garantir ações de saúde, sem prejudicar setores estratégicos para a economia.”

COP8

Após especulação de onde iria ocorrer a 8ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco, a indicação inicial de realiza-la em Genebra, na Suíça foi acatada por todos. A proposta objetiva diminuir despesas já que será realizada na sede da Organização Mundial da Saúde. Havia possibilidade de México ou Quênia receber o evento, porém não se confirmou.

FOTO: Guilherme Siebeneichler

Guilherme Siebeneichler