Nesta semana a 7a Conferência das Partes (COP7) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) pautou as discussões dos representantes do setor. Os membros da cadeia produtiva cobram maior diálogo e participação na definição dos posicionamentos do governo brasileiro e que serão levados para o evento na Índia, entre os dia 7 e 12 de novembro.
Conforme o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, prefeito Airton Artus, o momento é importante para garantir apoio nos mais diversos setores. A pré-agenda divulgada pelo secretariado da convenção coloca em discussão este ano o artigo 19 do documento final. Nele está estabelecido a responsabilidade das indústrias nos prejuízos a saúde.
“É preciso desmistificar essa questão. Não tem como medir a saúde a partir da produção. A indústria tem a sua importância pelo sistema integrado de produção. Preocupa um debate neste nível,” destaca Artus. O Olá Jornal fará cobertura internacional da próxima edição do evento que discute o controle do tabaco. Reportagens especiais e multimídias serão realizadas para discutir o tema direto da Nova Delhi na Índia.
FINANCIAMENTO
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, participou da reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, em Brasília, no dia 15 de junho. Entre as pautas, a resolução 4.483 do Banco Central que restringe financiamento a produtores rurais que não comprovarem, anualmente, a redução da de- pendência financeira da propriedade rural ao plantio de tabaco. Uma moção de repúdio buscando impedir o avanço da regra foi adotada pelo grupo. A tradição da produção de tabaco no Sul ocupa, em média, 17,6% das propriedades, é responsável por 51,4% do rendimento das famílias. “É inegável que a lavoura de tabaco se constitui na mais rentável das alternativas de produção,” frisa Schünke.
AUDIÊNCIA
Dia 22 de junho ocorre audiência com o novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para mostrar a importância social e econômica do setor ao Brasil, segundo maior produtor de tabaco e líder em exportações desde 1993.