As contratações temporárias da atual safra de tabaco devem injetar cerca de R$ 60 milhões na economia de Venâncio Aires. É o que estima o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins. Mesmo mantendo o número de trabalhadores da safra passada, em torno de 4,5 mil, o valor terá incremento devido aos benefícios concedidos pelas empresas.
“Não devemos ultrapassar os 4,5 mil safristas de 2024, no entanto, o giro na economia deve ser maior em virtude dos benefícios extras que as empresas estão oferecendo em busca de mão de obra”, explica o administrador do sindicato, Ricardo Sehn.
Além dos salários e benefícios tradicionalmente pagos, neste ano, novas vantagens foram incluídas, como aumento no prêmio de assiduidade semanal, elevação na participação do PPR, prêmio de boas vindas, pagamento por indicações de novos safristas e ampliação do vale-alimentação.
De acordo com Sehn, a duração da safra também deve permanecer em quatro meses, como na última. Da mesma forma, o tabaco se mantém em alta. “A expectativa é que o tabaco mantenha sua força pois ainda é muito valorizado globalmente”.
REGIÃO
Na região, a safra do tabaco deverá empregar 9,2 mil funcionários temporários nas indústrias. O levantamento, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (Novo Stifa), mostra que os primeiros contratos já ocorreram durante os meses de janeiro e fevereiro, no entanto é no próximo mês de março que a atividade entrará em pleno vapor, com a contratação total do contingente previsto. Atualmente, o setor emprega ultrapassa a marca dos 12,2 mil empregos diretos nas linhas de produção do tabaco na região.