Contrabando é principal desafio para aumentar a produção de tabaco no Brasil

Olá Jornal
setembro25/ 2019

O aumento da produção de tabaco no Brasil passa pelo combate ao contrabando de cigarros. A fatia ilegal já chega a 57% no país e se fosse reduzida para 33%, por exemplo, significaria 22 mil toneladas de fumo cru a mais que poderiam ser produzidas por mais 4,4 mil famílias em mais 9,565 hectares gerando mais R$ 201 milhões em renda para os pequenos produtores. Os dados foram apresentados durante o seminário “Desafios, Oportunidades e a Transformação no Agronegócio Familiar”, promovido pela Souza Cruz nesta terça-feira, 24. O evento ocorrido em Bento Gonçalves reuniu lideranças de federações, sindicatos, associações, universidade e entidades ligadas à agricultura dos três estados do Sul do Brasil.

O presidente da Souza Cruz, Liel Miranda, apontou um avanço da cadeia produtiva no Brasil que passa pelo combate ao contrabando. “O contrabando é circunstancial e vai ser endereçado pelo governo atual em algum momento e a gente acredita que vai abrir oportunidade para um volume muito maior para Souza Cruz no Brasil porque grande parte do tabaco usado no contrabando vem do Brasil, mas não pelos produtores do sistema integrado”. Mais uma vez, Miranda aproveitou a oportunidade para reforçar o protagonismo do Brasil. “O Brasil é a maior fonte de tabaco para o mundo, é estratégico,” afirma.

No mesmo sentido, o novo diretor de tabaco da empresa, Marcos Salvadego, ressalta que no mercado internacional, o fumo brasileiro já se estabeleceu como de boa qualidade, bom custo e principalmente sustentabilidade o que lhe garantem liderança e cuja manutenção depende do envolvimento de todos. “Acho que todas as lideranças vão ter um papel importante na parte educacional do sistema como um todo, dar qualificação e treinamento. Manter essa liderança por competência de todo o sistema, produtores, agentes e a indústria e aí sustentar volumes e buscar mais espaço no mercado internacional”.

FEDERAL
O secretário nacional da Agricultura Familiar, Fernando Schwanke, considerou o momento importante para a agricultura nacional com um novo olhar para o médio produtor. “Estar de volta depois de 20 anos o que é um desafio para nós porque a agricultura familiar se dissociou e foi para um grupo ideológico o que pode causar um problema inclusive na entrada de novos produtores”. Ele palestrou sobre a “Tecnologia, precisão, inovação, cooperativismo e qualidade.”

PROGRAMAÇÃO
Integraram ainda a programação “Os Desafios e Oportunidades no Agronegócio 4.0”, com a jornalista do Canal Rural, Kellen Severo; “A Educação na Era Digital”, com o vice-Reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn; e “Aprendizagem Profissional: Oportunidade de Desenvolvimento para Jovens Rurais – Case do Instituto Crescer Legal”, com o presidente Iro Schünke e a gerente Nádia Fengler Solf. Já o tema “A Transformação Digital na Pequena Propriedade Rural” foi abordado pelo gerente de Sustentabilidade da Souza Cruz, Paulo Fávero. A iniciativa, que faz parte da Agenda Digital de Produção Agrícola 2020, buscou ampliar a discussão sobre o tema e a partir disso firmar parcerias, disseminar o conhecimento e oportunidades de novas tecnologias e ferramentas para a profissionalização e formação dos produtores.

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