Consumidores defendem novos produtos de cigarros durante audiência pública da Anvisa

Olá Jornal
agosto19/ 2019

Os consumidores de cigarros eletrônicos estiveram representados durante audiência pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre cigarros eletrônicos. Cinco ex-fumantes utilizaram o espaço de debates para contar suas histórias e defenderem os novos produtos.

Um deles foi Alexandro Lucian, que após 15 anos fumando três carteiras por dia, conheceu os dispositivos eletrônicos em 2015 e desde então nunca mais fumou cigarro tradicional. Ele fez a transição da nicotina líquida e atualmente só utiliza líquido aromatizado, sem nicotina. “A proibição já não funciona mais, as pessoas no Brasil estão procurando, comprando e utilizando esses produtos em larga escala sem qualquer tipo de controle”.

Também participaram representantes da Tobacco Harm Reduction Brasil (THR Brasil), uma Startup de Impacto Social multidisciplinar de profissionais que atuam nas áreas da saúde, ciências humanas e sociais aplicadas, ex-fumantes, ativistas vaping e usuários de nicotina. O grupo entregou à Anvisa um documento com mais de 50 artigos publicados em revistas científicas.

TEMPO
Pedro Carvalho, um dos integrantes do coletivo, afirmou que a restrição além de impedir o consumo promoveu um mercado irregular. “Há 10 anos a proibição passiva da Anvisa até poderia ter sido considerada razoável mas apenas se tivesse ocorrido em um período razoável de tempo para aprofundar o assunto. Após uma década a proibição desse produto é arbitrária uma vez que já foram aprovados em países desenvolvidos”.

Outro membro da THR Brasil, Luis Henrique Aquino, defendeu a redução de danos. “Um argumento que não mais se sustenta é dizer que a nicotina causa câncer, doenças cardiovasculares e leva jovens a uma morte prematura. Todos aqui sabemos que devem-se a fumaça com toxidades”.

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