A conservação do solo é um dos pilares da agricultura sustentável. As boas práticas agrícolas ajudam os produtores a aliar produtividade e preservação ambiental, garantindo um futuro melhor para as próximas gerações. Essas técnicas permitem a produção de alimentos e cultivos de melhor qualidade, ao mesmo tempo em que protegem os recursos naturais e reduzem impactos ambientais.
Uma das principais abordagens conservacionistas é o plantio direto na palha, que reduz a necessidade de aração e gradagem, evitando a degradação do solo. Esse método melhora a estrutura e aumenta os teores de matéria orgânica, promovendo a atividade biológica e favorecendo microrganismos benéficos. Além disso, ajuda a reter água no solo, reduzindo a erosão e melhorando a qualidade da água nas regiões produtivas.
Outra prática essencial é a rotação de culturas, que auxilia no controle de pragas e doenças. Alternar o plantio do tabaco com culturas como Milheto, Braquiária ou Aveia Preta ajuda a manter a fertilidade do solo e reduz a dependência de defensivos químicos. Essa técnica também diminui os custos de produção e melhora a rentabilidade do agricultor. Para regiões de relevo mais acidentado, a adoção de curvas e camalhões em nível é fundamental. Essa estratégia protege o solo contra a erosão e favorece a infiltração da água, garantindo maior estabilidade produtiva. O cultivo mínimo também é uma alternativa eficiente, pois reduz a movimentação do solo e mantém sua proteção com a cobertura vegetal.
“Essas técnicas conservacionistas são vantajosas não apenas para o meio ambiente, mas também para o bolso do produtor. Com a alta nos preços dos insumos, minimizar os custos e manter a qualidade da produção é essencial. A agricultura pode e deve ser produtiva sem comprometer os recursos naturais. Adotar essas práticas significa investir na sustentabilidade e na longevidade das lavouras, garantindo um solo rico e produtivo por muitos anos,” destaca Alisson Griebel, supervisor de planejamento e agronomia da CBT.
Um exemplo prático da eficácia das práticas conservacionistas é o caso do produtor integrado da CBT, Luís Henrique Borges, da localidade de Sítio Alegre, em Barros Cassal (RS). Após enfrentar prejuízos causados por chuvas intensas que levaram à podridão das raízes na lavoura, Luís recorreu ao suporte técnico da CBT. “Se não resolvesse o problema, não ia ter colheita”, conta. Com apoio dos técnicos do departamento de agronomia, foi realizado um processo de descompactação do solo, possibilitando a recuperação da produção.
Agora, mais preparado para manter a produtividade, Luís investe em manejo preventivo do solo, utilizando cobertura vegetal de inverno e práticas adequadas para garantir um solo saudável e fértil para a próxima safra.
CRÉDITO: AI CBT