O processo contra Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, voltou a ser analisado nesta terça-feira, pelo Conselho de Ética da Câmara em Brasília. Nesta sessão os parlamentares votaram o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação do peemedebista por quebra de decoro parlamentar.
Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética aprovou o parecer que pede a cassação. Foram oito meses de trabalho, o tempo mais longo de um processo na comissão. O relatório agora terá de ser submetido ao plenário da Câmara e aprovado para que peemedebista seja, de fato, cassado.
A partir da publicação da decisão no Diário Oficial da decisão do conselho será aberto um prazo de cinco dias úteis para que Cunha recorra na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) afirma que Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre ter contas no exterior durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Segundo o relator, Cunha é o dono de pelo menos quatro contas nna Suíça: Köpek; Triumph SP, Orion SP e Netherton.
Ao pedir a cassação de Cunha, Rogério disse que as contas são verdadeiros “laranjas de luxo”. “Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou, não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal”, disse Rogério. “Estamos diante de uma fraude, de uma simulação de empresas de papel, de laranjas de luxo criadas para esconder a existência de contas no exterior”, acrescentou.
Cunha nega a propriedade das contas, mas admitiu ter o usufruto de ativos geridos por trustes estrangeiros.
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