O Comitê Suprassindical de Venâncio Aires organiza para as próximas semanas agendas externas de discussão sobre a Reforma da Previdência. O grupo, formado pelos sindicatos da Alimentação, Fumo e Afins, dos Metalúrgicos, Calçadistas, Comerciários e dos Trabalhadores Rurais, esteve reunido nesta quinta-feira, 17, pela manhã para estabelecer as ações.
Uma delas é a ativação de um posto de informações e coleta de assinaturas contra a reforma, na Praça da Matriz, em dois dias da semana a partir da semana que vem. A programação será na sexta, 26, das 8h às 17h, e no sábado, 27, das 8h às 12h. Cada sindicato ficará responsável pelo espaço, ativo sempre nas sextas e sábados, a cada nova semana.
Outra atividade é uma audiência pública marcada para o dia 25 de maio na Câmara de Vereadores. O debate ainda está sendo organizado mas deve contar com a participação de palestrantes de fora do município. “Todas essas agendas são importantes para aproximarmos a população desse debate que ainda não está bem claro para a sociedade. Muitos não sabem do que se trata e dos direitos que vão perder”, explica o presidente do sindicato da Alimentação, Fumo e Afins, Rogério Siqueira.
Confira abaixo algumas das perdas aos trabalhadores listadas pelo Comitê:
– FIM DO PIS E SALÁRIO FAMÍLIA: para quem ganha acima de um salário mínimo (mais de R$ 998 – também os assalariados rurais) NÃO receberá mais o conhecido 14º salário, ou ABONO DO PIS e o SALÁRIO FAMÍLIA. São mais R$ 11 milhões que deixarão de circular em nossa cidade e no bolso dos trabalhadores, só com a perda do PIS
– FIM DO FGTS PARA APOSENTADOS: para os contratos com trabalhadores aposentados não haverá mais o depósito do FGTS de 8%, e aqueles já empregados não terão mais o direito a indenização da MULTA DOS 40% no caso de demissão
– Aumento da idade mínima para 60 anos para homens e mulheres
– Para os rurais, a contribuição terá que ser de 20 anos em vez de comprovação de atividade por 15 anos como é hoje
– Trabalhador terá que trabalhar 40 anos para se aposentar com 100% da média do salário de contribuição. A nova fórmula substitui o fator previdenciário
– Deficientes físicos passarão e os idosos acima dos 60 anos, que não têm como se sustentar, receberão apenas R$ 400 e não mais um salário como Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os idosos só receberão um salário quando completarem 70 anos
– Não será mais permitido acumular pensão por morte e aposentadoria de forma integral, como é hoje. Será mantido o benefício de maior valor, e os demais serão limitados a um percentual, conforme a soma dos valores.