Na tarde desta quarta-feira, 24, o prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB) convocou reunião para discutir projetos polêmicos no município. Um dos itens na pauta envolve a revitalização do Largo do Chimarrão, popular Calçadão, que teve o corte das árvores (tipuanas) iniciadas há 10 dias, mas foi interrompido a pedido do Ministério Público. O órgão solicitou mais prazo para avaliar a situação. Entretanto, Wickert afirmou que o Município não irá convocar novas audiências públicas para tratar do assunto, já que a retira das árvores também envolve a segurança dos pedestres. Um grupo de arquitetos questiona a revitalização e a forma que foi elaborado. As obras serão realizadas no lado esquerdo da área, com retirada das árvores e novo passeio público. O projeto será custeado pelos empresários, e um terço será pago pelo poder público.
Entretanto, a proposta era de iniciar os investimentos ainda no mês de julho para concluir até o fim do ano, sem atrapalhar as vendas do comércio no fim de ano. Agora, o Município vai repassar a elaboração de um novo projeto para uma comissão comunitária. Este grupo poderá realizar as audiências públicas e discutir alterações na rua. “Vamos acatar o que decidirem, a partir das sugestões dos empresários que irão bancar parte do investimento. A partir da comissão poderemos ter um novo projeto e a parceria com a prefeitura será mantida. Vamos manter a nossa palavra de revitalizar o calçadão,” destacou Wickert.
A situação foi criticada pelo gestor e também por empresários que acompanharam a reunião e estão envolvidos no processo de reforma do trecho. O vice-presidente de Comércio da Caciva e proprietário de loja, Airton Bade questionou que nenhum membro do grupo que está criticando o projeto estava no encontro. Segundo a Prefeitura, foram encaminhados convites para integrarem a reunião que foi realizada na tarde desta quarta. “Estamos tirando dinheiro do nosso bolso para melhorar o centro da cidade. Como pode algumas pessoas barrarem o projeto, é por isso que as coisas não andam no país,” questionou.
Na próxima semana um ofício será encaminhado para membros do grupo que está questionando a reforma para que montem uma comissão e apresentem melhorias ou realizem debates públicos. Uma das propostas defendidas também pelo poder público é de realização de um concurso público para arquitetos apresentarem iniciativas ao Largo do Chimarrão. A obra deverá ter custo de até R$ 240 mil, sendo que R$ 70 mil serão desembolsados pela Prefeitura, além da cedência de máquinas, o restante será custeado pelos empresários.
SEM RUA COBERTA
Com a indefinição para executar a obra de revitalização, outro projeto da Prefeitura, de realizar uma rua coberta no Largo do Chimarrão, em frente a praça matriz, terá os recursos direcionado para outra obra. Uma emenda parlamentar do deputado Marcelo Moraes (PTB) havia sido conquistada, no valor de R$ 500 mil, para utilizar na obra e concluir a reforma do outra lado da calçada. Porém, a iniciativa precisava ser cadastrada no Governo Federal até esta sexta-feira, 24. Sem a reforma do calçamento ter previsão para sair do papel, o Governo Municipal irá utilizar o recurso para concluir o acostamento da Avenida das Indústrias.