A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) acompanha o movimento de comercialização da safra 2024/2025 de tabaco nos três estados do Sul do país. Conforme o levantamento da entidade, até o momento cerca de 17% da estimativa da produção para o atual ciclo foi comercializada no Rio Grande do Sul. A média para a região sul-brasileira está em 20,7%. Os dados levam em consideração pesquisa de campo realizada pela associação até o dia 22 de março.
Conforme o presidente da Afubra, Marcílio Drescher, os números da produção serão divulgados após a conclusão de venda da safra. Porém, conforme o dirigente, os dados apontam que os números devem se manter dentro da estimativa da entidade, que apontou ainda em novembro, 690 mil toneladas produzidas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
“A Afubra faz uma pesquisa no final da safra para efetivamente apontar o que ocorreu na produção e os valores de comercialização. A pesquisa é feita a partir da nota de venda. Então nós estamos acompanhando que o atual levantamento é de que a produção está um pouco acima da estimativa inicial, mas isso deve se ajustar no decorrer do período de venda, com a entrada de informações das diferentes regiões dos três estados do Sul,” explica.
Conforme Drescher, cada região está com avaliação de tabaco diferente na comercialização. Pesquisas da Afubra acompanham o ritmo da comercialização, e tem apontado, conforme o dirigente, um certo equilíbrio, no contexto geral, onde há produtividade dentro da média. “Pesquisa que mostra que a produção vendida até agora, dos produtores já venderam, está acima do peso da estimativa inicial que nós fizemos. Mas isso ainda vai oscilar, porque depois entra maior quantidade comercializada, em uma região, e vai equalizar os números,” comenta.
A estimativa inicial aponta para um aumento de 37,08% na produção de tabaco no Sul do Brasil, resultando em 696.435 toneladas, distribuídas entre três tipos: 630.539 de Virginia, 54.624 de Burley e 11.272 de Comum. Santa Catarina tem estimativa de 225.239 toneladas de produção. O Paraná deve movimentar mais de 190 mil toneladas, e o Rio Grande do Sul deve encerrar o ciclo com cerca de 281 mil toneladas.