A comercialização da atual safra está na reta final na microrregião de Venâncio Aires. A média da venda dos produtores para as indústrias chega a 98,5% da safra 2021/22. Na variedade Virgínia, a comercialização chega a 97%. Já para o tipo Burley, o percentual já alcançou os 100%. Os dados são da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), atualizados no último dia 25. A região de abrangência contempla 65 municípios.
No geral, a Afubra contabiliza que a venda do tabaco das propriedades para as empresas chegue a 95,4%. Os menores percentuais de comercialização estão na região de São Lourenço (70%) e Canguçu (75%). A expectativa é de concluir a comercialização até o fim da primeira quinzena de julho, período também que inicia a redução do processamento de tabaco nas indústrias.
GARANTIA
A venda da atual safra para as fumageiras pautou reuniões na última semana entre as entidades representativas dos produtores – Afubra e Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – após dúvidas sobre a conclusão de comercialização. As empresas garantiram, durante as reuniões, a compra de cada produtor.
As companhias se comprometeram a comprar toda a produção estimada com seu produtor integrado e as empresas que haviam anunciado o encerramento da compra, postergaram as datas. As indústrias também afirmam que os preços praticados na compra estão dentro das tabelas.
Para a Afubra, a solução está na governança do sistema integrado e que o SindiTabaco precisa fazer uma gestão sobre essa questão, junto com suas empresas associadas. “Que as empresas prezem pela manutenção do sistema integrado organizado”. A entidade ainda solicitou ao SindiTabaco o apoio para que as empresas comprem todo o tabaco remanescente e sobre a dispensa de multas, para garantir a sustentabilidade do setor.