Com avanço da Ômicron, estado muda protocolo e Venâncio envia dois casos para avaliação

Guilherme Siebeneichler
dezembro23/ 2021

Com avanço da Ômicron, nova variante da Covid-19, a Vigilância Epidemiológica do Estado está com novo protocolo de sequênciamento genômico, o que já resultou em dois casos enviados por Venâncio Aires para avaliação.
O procedimento, que consiste em identificar a variante e a linhagem do vírus, está sendo realizado de forma mais intensa desde o dia 13 a fim de mapear a nova variante. A partir de agora, os municípios precisam realizar testes em todos os pacientes internados e naqueles que vierem a óbito e enviar o material coletado para análise em Porto Alegre. Antes, apenas casos suspeitos eram encaminhados e, mesmo assim, o retorno do resultado era incerto.

Para comparar o impacto da mudança, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires, Carla Lili Muller, explica que o objetivo é tornar a identificação mais rápida. Venâncio, por exemplo, só obteve recentemente o resultado de parte das coletas de materiais enviados no mês de setembro. Do total de 10 materiais encaminhados, apenas três tiveram o resultado comunicado ao município, sendo os três da variante Delta.

“Com esse resultado, confirmamos que o surto que tivemos ali pelo mês de setembro em Venâncio foi causado pela variante Delta”, afirma. Segundo ela, a alteração do protocolo vai facilitar a tomada de medidas necessárias a partir da agilidade na identificação de variantes.

VACINA
Carla alerta para a necessidade da terceira dose para evitar a contaminação, uma vez que já se comprovou a perda da imunidade ao longo de seis meses. Além disso, incentiva as pessoas a continuarem a realizar os testes em caso de suspeita, medida que está sendo deixada de lado pela população. “As pessoas não estão mais querendo fazer o teste porque é desconfortável”, alerta.

Até o momento, há comunicação de 20 casos da Ômicron no RS. Entre as variantes identificadas entre setembro e novembro deste ano, a Delta predomina com 88%. A Gamma está em segundo, com 10% seguida da Ômicron com 1% e de outras também com 1%.

Guilherme Siebeneichler