ATRÁS DOS FAKES
A Justiça Eleitoral travou uma verdadeira batalha para identificar perfis falsos nas redes sociais, utilizados para difamar candidatos de oposição. Além de covarde, se identificado o nomezinho por atrás, poderá responder por crime. Mas melhor ainda se o perfil for utilizado por candidato, podendo ter a candidatura impugnada, ou se eleito, ter a diplomação indeferida. A identificação destes perfis tem nutrido uma rede importante, inclusive com suporte de veículos de comunicação. No último sábado o jornal Gazeta do Sul publicou reportagem especial sobre o assunto. Lá ajudaram a identificar dois perfis falsos amplamente utilizados para questionar o governo e demais candidatos. No mundo, os meios de comunicação travam uma batalha para identificar este tipo de falsidade, principalmente porque começam a ser responsabilizados legalmente também por não moderar os comentários. O assunto é a bola da vez neste pleito eleitoral, já que movimenta partidos e interesses locais. O cidadão também pode ajudar a fiscalizar e identificar o uso indevido das redes sociais.
IMPUGNAÇÃO
Nesta segunda-feira, 12, a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura do ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Clóvis Schwerter. Ele busca uma cadeira ao Parlamento Municipal pelo PSB, mas foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, por um processo julgado em 2014. A ação envolve contas públicas do tempo em que o Schwertner atuou na delegacia regional do Ministério da Agricultura, ainda na década de 1990. O processo iniciou em 1998 e foi concluído pelo Tribunal de Contas da União, em 2014. Com isso, o ex-secretário está inelegível até novembro de 2022. A defesa do partido, liderada pela advogada Loiva Wünsch, afirma que a sigla irá recorrer da decisão no TRE-RS, em segunda instância. Clóvis poderá concorrer, mas os votos não serão computados até a conclusão do julgamento. Até o momento, além de Clóvis, outros três pedidos de candidaturas foram indeferidos. Dois deles do PL e um do PT. Um por candidato que não sabe ler ou escrever, apesar de realizar provas. Outras duas candidaturas foram retiradas (renúncia)do pleito para vereador, uma do PL e outra do DEM. No total 209 pessoas colocaram nomes na disputa por uma cadeia no Legislativo Municipal de Venâncio Aires.
TABACO NO DEBATE
A produção de tabaco em Venâncio Aires, na última safra, amargou prejuízos por conta da estiagem prolongada. Agora, no novo ciclo, perderá espaço no campo para outras culturas. A melhoria nos preços de culturas como arroz, soja e milho, animam produtores, que pretendem utilizar as lavouras, até então ocupadas com tabaco, para ampliar as culturas, até então secundárias. A situação deverá ser verificada em outros municípios. O assunto é ampliado na edição desta quarta-feira, 14, pelo Olá Jornal. A perda de áreas de cultivo não quer dizer, necessariamente, redução de produtividade ou ganhos. Isso ainda vai depender do clima e das receitas geradas pela comercialização para as indústrias. Esta é a situação que está em pauta no setor da saúde para fomenta os debates sobre diversificação. A situação atual comprova que quando há condições para rendimentos maiores dos produtores, outras culturas podem se desenvolver.
PANDEMIA X CONSUMO
A pandemia aumentou o sedentarismo no período, além de ampliar o consumo de álcool, de tabaco e de alimentos industrializados. A informação foi verificada em pesquisa feita com 45 mil brasileiros adultos por estudos da Fiocruz, UFMG e Unicamp. Os dados foram obtidos por meio do inquérito de saúde ConVid – Pesquisas de Comportamento, um questionário aplicado pela internet entre os dias 24 de maio e 24 de junho em indivíduos acima de 18 anos de todos os níveis de escolaridade e regiões do país. Doze por cento da amostra era composta por fumantes. Um terço desse contingente relatou ter aumentado o consumo de tabaco – na maioria dos casos, 10 cigarros extras por dia durante a pandemia e com maior frequência entre as mulheres. Já o crescimento da ingestão de bebidas alcoólicas, apontado por 17,6% dos respondentes, foi uniforme em ambos os gêneros, mas se destacou entre as pessoas de 30 a 39 anos, atingindo 24,6% desse estrato.