Começa neste domingo, 09, a cobrança da tarifa nas cinco novas praças de pedágios construídas pela CCR ViaSul no Estado. Quatro delas ficam entre Canoas e Carazinho, trecho de 264 quilômetros da BR-386. A outra está na BR-101 em Três Cachoeiras. Padronizada em todas as unidades e cobrada nos dois sentidos, a tarifa custará R$ 2,20 para motos e R$ 4,40 para carros. Cifra será corrigida anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Desde 30 de janeiro, a concessionária testa a implementação da cobrança abordando os usuários que passam pelas cabines. Até a noite deste sábado, 08, ninguém precisará tirar dinheiro da carteira. Os motoristas apenas serão alertados sobre o começo da operação por material informativo. O período também é aproveitado para realização dos últimos treinamentos práticos e ajustes no sistema de arrecadação, informou a empresa.
A CCR é a maior concessionária de rodovias do país, responsável pela administração da Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e da Anhanguera-Bandeirantes, que conecta a capital paulista ao interior do Estado. No Rio Grande do Sul, responde pela Rodovia de Integração do Sul (RIS), pacote de quatro estradas federais que cortam o solo gaúcho: freeway e BRs 101, 386 (entre Canoas e Carazinho) e 448. Cabe à empresa paulista fazer manutenção, conservação e melhorias nestas vias. Em contrapartida, vai administrar por 30 anos as sete praças de pedágio, incluindo as duas na freeway.
Segundo a direção, nos próximos cinco anos, as quatro rodovias alcançarão o mesmo parâmetro técnico de qualidade de pavimento e sinalização, ainda que tenham configurações de pistas e de velocidades diferentes. A exigência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é de que no primeiro ano sejam realizados trabalhos como conserto de placas e pontes, roçada, pintura e manutenção do pavimento. Obras mais profundas são esperadas a partir de sábado que vem, 15 de fevereiro, quando se completa o primeiro ano de concessão.
A concessão exige investimento de R$ 5 bilhões em obras e R$ 3,8 bilhões em conservação e operação, abrangendo 36 municípios, em total de 473,5 quilômetros de estrada. A expectativa é de que sejam gerados 4 mil empregos durante as obras, segundo estimativa do governo do Estado.