O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo e a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul, mantenedora da Universidade de Santa Cruz do Sul, assinaram nesta sexta-feira, 11, acordo de cooperação para a identificação de variantes genéticas do vírus SARS-CoV-2 nos 17 municípios de abrangência do Consórcio. O ato contou com a participação de prefeitos, representantes de entidades, de empresas e da imprensa.
Os exames laboratoriais para identificação das variantes genéticas serão realizados no Laboratório de Diagnóstico Molecular do TecnoUnisc. Serão um total de 150 amostras analisadas, sob a coordenação do professor doutor Marcelo Carneiro, do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde da Unisc.
Os resultados deste estudo visam ampliar o reconhecimento de possíveis fontes transmissoras e situações de risco passíveis de serem bloqueadas para diminuir a circulação do vírus e o risco de colapso do sistema de saúde regional.
“Essa pesquisa vai nos proporcionar um conhecimento muito mais adequado e fidedigno da pandemia, se as variantes predominantes aqui são as mesmas de outras regiões, ou se existem inclusive algumas ainda não detectadas. Lembrando que o primeiro caso da Ômicron no Brasil foi de uma paciente de Santa Cruz do Sul”, afirmou o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro, também integrante do Comitê Técnico da R-28 e assessor da Amvarp.
Além do acordo de cooperação entre Apesc e Cisvale, o estudo tem o fundamental apoio financeiro da Philip Morris Brasil e os apoios institucionais da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo e da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde.
“Estamos há 48 anos em Santa Cruz do Sul, ou seja, a Philip Morris se considera uma cidadã santa-cruzense, nossa raiz é motivo de orgulho, procuramos nos desenvolver e crescer junto da comunidade. Esse evento só reforça a nossa meta e objetivo de apoiar sempre a população do Vale do Rio Pardo. Só com ciência e tecnologia conseguimos ter políticas públicas adequadas”, disse o gerente de logística da Philip Morris Brasil, Felipe Teloeken.
Esta é a segunda vez que estas entidades públicas e a iniciativa privada se unem em benefício da população do Vale do Rio Pardo. Entre 2020 e 2021, uma parceria entre Cisvale, Apesc, Unisc, Amvarp, 13ª Coordenadoria de Saúde e Philip Morris Brasil, viabilizou uma pesquisa de soroprevalência do coronavírus no Vale do Rio Pardo. Em quatro etapas, foram aplicados testes rápidos em parte da população, o que permitiu aos gestores municipais uma melhor tomada de decisões em relação à pandemia.
“Tanto o projeto anterior como esse que assinamos hoje é a demonstração prática do que chamamos de tríplice hélice – poder público, iniciativa privada e a universidade, com a ciência, unidos pelo bem da comunidade. E também demonstram a nossa competência e de como temos excelentes pesquisadores para ajudar a resolver problemas da sociedade”, afirmou o reitor da Unisc, Rafael Henn, presente no ato junto com a presidente da Apesc, Carmen Lúcia de Lima Helfer.
Assinando uma das suas primeiras iniciativas como presidente do Consórcio, o prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum, destacou o apoio de todos os envolvidos para que o estudo se tornasse uma realidade na região.
“O apoio técnico, científico e acadêmico da Unisc, alinhado com este incentivo financeiro da Philip Morris, cria uma sinergia fundamental na área da Saúde e facilita o trabalho dos gestores na hora da tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia. É muito importante que a gente conheça o cenário e as tendências para elaborar as estratégias e seguir com as flexibilizações na economia”, afirmou o prefeito.
CRÉDITO: AI Cisvale