O Escritório da Emater/Ascar em Venâncio Aires contabiliza as perdas na agricultura em função da chuva acima da média, entre setembro e outubro. Uma das principais culturas, que está em fase de colheita, o trigo deve registrar as maiores perdas. A projeção no início do plantio era de alcançar 3,2 mil quilos por hectare com a cultura, em 1.550 hectares plantados. Porém, segundo os cálculos iniciais da entidade, a cultura deve registrar redução de 35% na produtividade por conta de doenças causadas pelo excesso de água nas lavouras.
Conforme o engenheiro agrônomo e chefe da Emater em Venâncio Aires, Vicente Fin, outros 393 hectares foram atingidos pela enchente no início de setembro.
“Entre 30% e 35% nós já estamos hoje com essa perda instalada. Tem a questão ainda de que nos próximos dias se define a história de que conforme o clima vai pode as doenças aumentar a perda. Acompanhamos também o trigo que está ficando pronto e está iniciando a colheita, que se der 4 ou 5 dias de chuva com aquele trigo que está pronto vai ter perda no ciclo final da lavoura,” explica.
Além disso, o excesso de chuva também tem causado perdas em outras lavouras, inclusive com tabaco. A produção de frutas e verduras também acumulam perdas por conta dos volumes pluviométricos dos últimos dias.
Só em setembro, as chuvas fortes, causaram R$ 1 bilhão de perdas ao agronegócio gaúcho. Relatório preliminar da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) informa que as chuvas causaram prejuízos em 10.787 propriedades rurais no Estado, contabilizando perdas em infraestrutura, agricultura, pecuária e pastagens. O documento indica a morte de 29.356 animais e perdas agrícolas para 1.616 produtores de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.