De hoje até o final de fevereiro, um exército de 18 mil recenseadores irá campo para (re)conhecer o campo brasileiro – no Rio Grande do Sul, serão 1,6 mil pesquisadores. Depois de um intervalo de 11 anos, o IBGE realiza neste período o censo agropecuário, que nada mais é do que um grande raio X do setor. Uma ação importante, insumo fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas. Para poder fazer a gestão adequada desse setor vital à economia, é preciso conhecer quem são as pessoas e os fatos por trás dos mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais existentes no país – e dos 425 mil no RS.
A legislação determina que a pesquisa seja feita de cinco em cinco anos, mas a falta de recursos acabou provocando esse grande hiato entre o último censo e o de agora. Depois de cortes no orçamento, foi preciso se readequar. Os questionários ficaram mais curtos. Serão, no máximo, 565 perguntas, a serem respondidas em um tempo médio de 40 a 50 minutos.
Os pesquisadores estarão devidamente identificados com coletes e crachás. Mas em caso de dúvida, o produtor pode consultar o site do instituto (ibge.gov.br). Como os dados são coletados por smartphones, o trabalho pode ser acompanhado em tempo real pelos supervisores, que podem interagir com os recenseadores.
As informações coletadas começam a ser divulgadas a partir de maio do próximo ano. É quando as diferenças entre a realidade de 2006 e a de agora serão finalmente conhecidas.