Os desafios do cenário político e econômico no Brasil é pauta nos 75 anos do Sinditabaco. A entidade que representa e defende o interesse comum de 14 empresas associadas promoveu o diálogo entre Augusto Nunes, jornalista reconhecido por sua trajetória em diversas redações do país, e Paulo Andreoli, CEO da MSL na América Latina, durante evento nesta segunda-feira, 13, em jantar festivo.
Na presença de autoridades, lideranças e representantes do agronegócio, Nunes respondeu às questões formuladas por Andreoli que buscaram refletir sobre a situação atual e futura. Na visão de Nunes, o surgimento da direita democrática que, segundo ele, “mostrou o rosto”, foi o que houve de mais importante hoje no Brasil. “Porque ali tem uma ideia, defende as liberdades, as privatizações, modernização econômica que não depende de um homem para continuar existindo. Se o Bolsonaro morresse, digamos, a direita continuaria fazendo as mesmas coisas. Se o Lula morrer, acaba o PT”, avalia.
Para o jornalista, a polarização atual acaba após a eleição, seja qual for o resultado. “Eu acho que o Lula não vai ser candidato. Se ele for candidato e ganhar e pela primeira vez ele vai ter uma oposição real, nunca teve. Os governos do PT tiveram como oposição o PSDB entre aspas, o que fez o Alckmin mostrar que não era uma oposição sincera. Então o Brasil se modernizou com o surgimento da direita que é uma ideia, não é um homem”.
De acordo com Andreoli, a conversa informal foi no sentido de provocar uma reflexão de como se pode prever um futuro melhor para o Brasil, no entanto, para ele a dúvida ainda persiste. “Eu acho que a ansiedade com o que virá com as próximas eleições é uma ansiedade geral, ninguém tem uma expectativa muito alta com o resultado das eleições, ainda não temos. O Brasil está dividido, polarizado e isso não vai levar a lugar nenhum. Independente de quem vença as eleições, eu acho que o Brasil não vai se compor e o Brasil precisa aprender a se compor para gerar alguma coisa positiva para a sociedade”, afirma.
ATUAÇÃO
O presidente da entidade, Iro Schünke, recebeu os convidados juntamente com a atual diretoria e relembrou momentos marcantes e focos de atuação do SindiTabaco: a sustentabilidade da cadeia produtiva, assuntos regulatórios e visibilidade do setor.
“Temos como principal objetivo a defesa e o fortalecimento da cadeia produtiva do tabaco, geradora de renda e empregos para milhares de brasileiros, no campo e na cidade. Apesar de ser, em essência, uma entidade representativa da indústria, nossas ações envolvem os produtores integrados e, ao longo dos anos, as ações tornaram-se programas que passaram a impactar de forma positiva não somente aqueles que vivem o dia a dia deste importante segmento, mas a sociedade como um todo. Tornaram-se modelo para outros setores do agro, inclusive”, destacou Schünke.
A entidade foi fundada em 24 de junho de 1947, em Santa Cruz do Sul.