Casos de Sífilis aumentam em um ano e seguem crescendo

Guilherme Siebeneichler
julho19/ 2017

Difícil de acreditar, mas uma bactéria que pode causar mortes e é monitorada desde o tempo do descobrimento da América tem sido a Doença Sexualmente Transmissível (DST) que mais cresce nos registros governamentais. A Sífilis, que passou a ter os casos notificados pelo Ministério da Saúde desde 2010, tem aumentado em todas as faixas de idades. Em Venâncio Aires, segundo o Centro de Atendimento a Doenças Infecto Contagiosas (Cadi), só neste ano já foram identificados 52 novos casos, sendo 45 adquiridos (transmissão sexual). Um caso envolve o tipo congênito (nascimento) e seis identificados em gestantes.

A situação é tão grave que os médicos de toda a rede básica de atendimento receberam treinamento para atender estes pacientes e iniciar o tratamento o mais breve possível. Isso porque, quando se trata de mulheres gestantes a doença pode afetar o bebê. Neste ano foi registrado no município um caso de Sífilis Congênita. Em 2016 foram três casos do tipo.

A evolução dos casos é acompanhada desde 2010 pelo Governo Federal. Mais de perto em Venâncio Aires, desde 2015, quando a cidade registrou 65 casos da doença. No ano seguinte foram 87 notificações. Além disso, o Cadi registrou 24 casos de Sífilis em gestantes no ano de 2015. Já em 2016 foram confirmados 19 e outros seis neste ano.

PREVENÇÃO
Segundo a enfermeira e coordenadora do Cadi, Solange Sehn, o caminho mais eficaz para barrar o crescimento dos casos no município é a prevenção. “O uso de preservativo, tanto masculino, quanto feminino, é o método mais eficaz. Esse crescimento é verificado em todo o mundo.”

A infecção pode ser curada com um tratamento barato e simples: algumas doses de penicilina, a benzetacil que você encontra na farmácia – e pode ser administrada, inclusive, para grávidas.

MAIS CASOS
Só em 2015 o Ministério da Saúde recebeu 228 mil notificações de novos casos de Sífilis. Entretanto o número pode ser muito maior, já que os registros feitos em consultórios e na rede privada de atendimento não entram nas estatísticas federais. Na rede pública o cadastro da doença é compulsório.

Guilherme Siebeneichler