Mobilização pelo retorno das aulas presenciais contou com a participação de centenas de veículos em Venâncio Aires. Pais, empresários e profissionais de educação realizaram na tarde desta quarta-feira, 21, carreata nas ruas centrais do município, pedindo a retomada das aulas presenciais. As atividades em educandários estão paradas por conta da pandemia. Uma liminar na Justiça também tem impedido a retomada das aulas de forma presencial no Rio Grande do Sul. A manifestação percorreu as principais ruas do município, com cartazes destacando a importância da retomada das atividades de forma presencial nas escolas. A mobilização iniciou às 17h no Acesso Dona Leopoldina.
Ainda nesta terça-feira, 20, o Sindicato dos Servidores Públicos de Venâncio Aires se manifestou, através de nota, sobre o retorno das aulas presenciais. No documento, destaca que os profissionais das escolas públicas do Município são a favor da retomadas das atividades, porém a entidade de classe defende a volta segura e antecipação da vacinação para os profissionais da educação. O sindicato lembra na nota também que “a não realização de aulas presenciais decorre de decisão proferida nos autos da Ação Civil Pública nº. 5019964-94.2021.8.21.0001. Esta Ação determina a suspensão das aulas presenciais em todas as escolas do Rio Grande do Sul enquanto perdurar a classificação na Bandeira Preta do Sistema de Distanciamento Controlado,” destaca a nota.
O governador Eduardo Leite (PSDB) também se posicionou nesta terça sobre o tema. O chefe do Executivo gaúcho esclareceu, nesta terça-feira, que a retomada do ensino presencial está proibida por decisão judicial, em caráter transitório e enquanto perdurar a bandeira preta. O Estado já entrou com recurso, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF), para permitir a retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul.
“Nosso governo quer o retorno das aulas presenciais no Estado. O ponto é que existe uma decisão judicial, da qual discordamos totalmente, que proibiu a retomada do ensino presencial no Rio Grande do Sul”, disse o governador. “Esse assunto não depende mais da mera vontade do governador.”