A redução de danos do tabaco é possível e importante na prevenção de doenças evitáveis aos fumantes. Esta foi a defesa do cardiologista Guilherme Velho durante congresso do CAAT em Porto Alegre, na última quinta-feira, 09. Ele atua como cardiologista do Hospital São Lucas da PUC-RS, coordenador dos departamentos de eletrocardioterapia e cardiopatia clínica isquêmica e como preceptor do programa interno de cardiologia.
O profissional lembrou que o tabagismo é a principal causa evitável por morte cardiovascular, no entanto, hoje há poucas estratégias para ajudar o paciente. Já na obesidade há várias alternativas para tentar reduzir o dano em relação as doenças cardiovasculares como hipertensão e diabetes e traçou um paralelo. “A gente cogita inclusive chegar ao ponto de colocar esses pacientes em cirurgia bariátrica, mutilar os pacientes obesos com o objetivo de reduzir os danos que a obesidade pode causar. Quando transferimos isso para o tabagismo a gente não tem nenhuma opção de redução de danos disponível hoje no Brasil”, explicou.
Citou os dispositivos de tabaco aquecido como uma alternativa uma vez que estudos comprovam que reduzem em até 95% o risco em relação com cigarro convencional. “Como o malefício do cigarro tem a ver com a carga de tabágica ingerida o quanto de combustão aquele indivíduo armazenou ao longo da vida, se a gente diminuir a exposição a este toxígenos, por consequência a gente vai estar diminuindo o desenvolvimento dessas doenças”, prevê.