Representantes da cadeia produtiva participaram da 70ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco nesta quinta-feira, 13 de julho. Com formato híbrido, Romeu Schneider, presidente da Câmara, abriu o encontro que tratou de temas de interesse da cadeia produtiva, como os recentes encontros com autoridades para tratar da posição que o governo federal levará à 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). A COP 10 acontece entre os dias 20 e 25 de novembro, na cidade do Panamá.
O executivo da Abifumo e consultor técnico da Câmara, Giuseppe Lobo, fez o relato sobre as audiências preparatórias à COP 10 promovidas pela Câmara dos Deputados e pela Assembleia Legislativa do RS, bem como os encontros com vice-presidente, Geraldo Alckminn, com os ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, e com a diretoria da Frente Parlamentar Agropecuária. “Estamos falando do oitavo item da pauta de exportação agropecuária do Brasil, que utiliza pouco agrotóxico, que emprega 128 mil produtores. Temos levado esses dados para que o governo possa levar em consideração não apenas o lado da saúde, mas também a relevância desse setor. O importante agora é a gente também auxiliar neste trabalho de compilação de dados para que as autoridades possam se posicionar sobre o assunto”, comentou.
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, falou sobre o recente encontro com o ministro da Agricultura e sugeriu que a Câmara elabore um documento que possa ser distribuído também a outros ministérios. “Sempre tivemos uma boa receptividade aos pleitos do setor por parte do Ministério da Agricultura e tive a mesma impressão do ministro Fávaro. Acredito que ele possa ser um bom interlocutor, mas é importante que outras pastas tenham acesso aos dados do nosso setor”, enfatizou.
Até o final de junho, segundo a Comex-Stat, foram exportadas 214.154 toneladas de tabaco (-21,64%em comparação com o mesmo período de 2022). “Isso se explica porque em 2022 foram embarcados estoques remanescentes de 2021, devido aos problemas logísticos em torno da pandemia”, comentou Schünke. “Apesar da tendência demonstrar uma diminuição no volume, os embarques em dólares devem ser superiores aos de 2022. Até junho, já foram embarcados mais de 15,83% em relação ao período anterior. Os números demonstram uma estabilidade dentro do que se espera para o ano, que gira em torno das 500 mil toneladas e os US$ 2 bilhões de dólares”, destacou Schünke.
O presidente da Associação do Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, apresentou ao grupo um acompanhamento mensal da comercialização da safra 2022/23. A estimativa apresentada por ele é de crescimento de 7,95% na produção, com receita que pode chegar a R$ 11 bilhões aos produtores.
CRÉDITO: AI SindiTabaco