Brasil fortalece exportação de tabaco, com destaque para crescimento das vendas para a China

Olá Jornal
março08/ 2025

As exportações brasileiras de tabaco em 2024 mostraram um crescimento significativo nos valores de venda em relação ao ano anterior, com destaque para a China, Estados Unidos e Egito. A análise dos dez maiores parceiros comerciais do setor revela mudanças expressivas no volume exportado e no valor negociado, refletindo uma crescente demanda e uma valorização do produto nacional. O resultado histórico de US$ 2,97 bilhões é o melhor da década, e colocou o produto como um dos principais em negociação na indústria de transformação do país.

A Bélgica manteve a liderança como principal destino do tabaco brasileiro, com um volume de 103,1 mil toneladas exportados e um valor de US$ 638,5 milhões em negócios. O preço por quilograma aumentou para US$ 6,19 (R$ 33,54), evidenciando uma valorização do produto em relação a 2023.

A China consolidou sua posição como o segundo maior parceiro, registrando um volume de 67 mil toneladas e um expressivo aumento no valor, atingindo US$ 584,6 milhões. O preço médio por quilograma saltou para US$ 8,72 (R$ 47,69), tornando-se o mais alto entre os principais importadores.

Os Estados Unidos ocuparam o terceiro lugar, importando 39,8 mil toneladas por um valor total de US$ 255 milhões, com um preço médio de US$ 6,40 (R$ 34,53) por quilograma. O Egito, em quarto lugar, demonstrou um forte crescimento na demanda, alcançando US$ 233 milhões em compras, com um preço de US$ 7,16 (R$ 40,25) por quilograma.

COMPARATIVO
Em 2023, a Bélgica já liderava as importações, mas o volume adquirido foi superior ao de 2024, atingindo 113,4 mil toneladas. No entanto, o valor negociado foi menor, US$ 605 milhões, com um preço médio inferior de US$ 5,33 (R$ 26,37) por quilograma.

A China também teve um aumento expressivo no volume importado, saindo de 55,3 mil toneladas em 2023 para 67 mil toneladas em 2024, enquanto o valor das compras saltou de US$ 427,7 milhões para US$ 584,6 milhões. Esse crescimento refletiu um aumento no preço pago pelo quilograma, de US$ 7,72 para US$ 8,72.

Os Estados Unidos também ampliaram suas compras, saindo de 34,2 milhões de quilogramas em 2023 para 39,8 milhões em 2024, acompanhados por um aumento no valor FOB, de US$ 178,8 milhões para US$ 255 milhões.

MUDANÇAS
Entre as mudanças mais significativas na lista de parceiros, o Egito subiu para a quarta posição em 2024, superando a Indonésia, que caiu para quinto lugar. Os Emirados Árabes Unidos também reduziram suas importações, caindo do quinto para o sexto lugar.
Outro destaque foi a saída da Alemanha e dos Países Baixos do ranking dos dez maiores parceiros comerciais do tabaco brasileiro, sendo substituídos por Paraguai e Turquia. O Vietnã, que estava na décima posição em 2023, subiu para a sétima em 2024.

PERSPECTIVAS
O aumento no valor de vendas e no preço por quilograma indica um cenário favorável para a exportação de tabaco brasileiro, impulsionado por uma maior valorização do produto no mercado internacional. A tendência é que a China continue aumentando suas importações, consolidando-se como um dos principais destinos do tabaco do Brasil.

Em janeiro de 2025, com dados consolidados de vendas globais de tabaco, a China ocupa a liderança, com US$ 299,6 milhões, e 30,7 mil toneladas embarcadas. O resultado ocorre por problemas logístico do ano passado que atrasaram entregas ao país. A Bélgica aparece na segunda posição com US$ 25,8 milhões em vendas, e 5,6 mil toneladas negociadas. Já os Emirados Árabes Unidos aparecem na terceira posição, com US$ 18,2 milhões em vendas, e 2,8 mil toneladas embarcadas.

FOTO: Divulgação/SindiTabaco

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