Com o objetivo de analisar de forma mais criteriosa os contratos realizados pelo Município nos últimos anos, o novo governo municipal quer contar com auditoria externa em três áreas públicas. Saúde, Educação e Obras estão no bolo.
A iniciativa tem sido anunciada por outros gestores municipais e o novo prefeito, Giovane Wickert, desde outubro já cogitava realizar análise de gastos, afim de melhorar a eficiência do setor público. Entretanto, os custos para realizar tal processo é o desafio para o ano de 2017, que conta com projeção de déficit que bate nos R$ 15 milhões.
Segundo o futuro gestor municipal, a proposta não tem por objetivo somente apontar possíveis irregularidades contratuais, mas também melhorar os investimentos públicos. “Não é uma questão de suspeitas, queremos detalhar procedimentos da Administração Municipal e melhorar conceitos, com foco na gestão e eficiência pública. Precisamos fazer muito mais, com menos gastos”.
Wickert cita como exemplo as auditorias realizadas pelo Município ainda em 2011, para realizar a intervenção no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), objetivando aprimorar os serviços. “A Prefeitura precisa estar sempre pensando em formas de melhorar os seus serviços”.
CONTROLADORIA
A proposta do novo governo é de integrar a Controladoria Interna da governo municipal com os serviços da auditoria externa que serão contratados. Os trabalhos devem iniciar ainda no primeiro trimestre do ano que vem.
GASTO
O investimento necessário para contratação de auditoria externa é um dos pontos analisados pelo presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Luciano Pinto. Para ele, este tipo de gasto é necessário em caso de indícios de irregularidades ou fraudes.
“Anualmente as prefeituras são auditadas pelo Tribunal de Contas, mas se há suspeitas em contratos ou investimentos, é preciso realizar uma investigação mais profunda. O problema é que na tentativa de se reduzir gastos, o investimento necessário em auditorias pode não compensar”.
Apesar dos custos, o dirigente afirma que a realização de auditoria pode ser uma proteção aos novos gestores municipais. “Se houver suspeitas de irregularidades, é uma forma de averiguar cada caso e o novo prefeito de se proteger, por estar embasado na investigação”, argumenta.
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